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Notas Estratégicas BR – Operadores Wagner na Venezuela desestabilizam região

O Grupo Wagner, Mercenários Russos, desestabilizam o Arco Norte Brasileiro. A possibilidade de ações integradas com Cartéis como venezuelano “do Soles” e o grupo brasileiro PCC tornam a região explosiva.

Nelson Düring
Editor-Chefe DefesaNet

A atual situação interna da Venezuela, um Estado Falido, porém rico riquezas naturais (reservas de petróleo e riquezas minerais) e uma situação Política Social instável faz com que o governo Maduro busque apoio externo.

Segundo informações de fontes abertas e da comunidade de inteligência o grupo mercenário russo Wagner está ativo na Venezuela e trabalhando diretamente em operações de repressão a grupos políticos opositores de Maduro.

O grupo Wagner também estaria apoiando o planejamento de uma ação diversionista na região do Essequibo à medida que a repressão à oposição aumenta.

As Forças Armadas Bolivarianas (FANB) não descartam uma ação armada no território do Essequibo em uma operação simulando um ataque de supostas forças guianenses contra militares e civis venezuelanos. A operação estaria sendo organizada por mercenários do Grupo Wagner usando a conhecida doutrina russa de operações encobertas.

Uma ação armada venezuelana seria realizada em duas frentes, uma operação ribeirinha conduzida por fuzileiros navais e outra convencional que poderia cruzar parte do território brasileiro.

As mesmas fontes informam que forças especiais ucranianas poderiam combater em solo venezuelano operadores do Grupo Wagner, como tem sido feito no Norte da África, Congo e Síria, na luta global contra os mercenários russos e suas operações encobertas.

A Ucrânia está em guerra contra o grupo Wagner, tal qual americanos e europeus se engajaram décadas atrás contra o terrorismo internacional e o Estado Islâmico.

O governo dos Estados Unidos quer o apoio firme do Brasil na resolução da situação na Venezuela, que se não for resolvida pode provocar uma guerra na região, em cenários que vão desde uma guerra civil a uma invasão da Guiana e o mais temido informalmente que seria os grupos narcotráfico agindo unidos no Arco Norte Brasileiro, Caribe e América Central e na Colômbia e Peru o que traria o envolvimento direto dos Estados Unidos e do Brasil no conflito.

Cada vez mais integrados o Cartel de los Soles, o Grupo Brasileiro PCC e os Cartéis Mexicanos. O Brasil tem sentido o crescimento desta organização com a persistente ação de mineração ilegal na Terra Indígena Yanomani.

A possibilidade de uma ação coordenada do Grupo Wagner com os Cartéis teria reflexo continental. Segundo estudo cerca d 61% do território venezuelano é controlado por grupos criminosos.

Nas manifestações após as eleições têm sido identificado membros do Grupo Wagner operando em conjunto com as Forças Bolivarianas. Para os ucranianos o grupo mercenario Wagner é uma organização terrorista que trabalha diretamente para o Kremlin e é culpada por massacres contra civis e militares ucranianos. Por isso qualquer ação de combate realizada por suas Forças Especiais que visa capturar e destruir unidades Wagner no mundo inteiro é considerada legítima e tem o apoio dos países do Ocidente

Preocupação em Brasília

As frases cada vez mais acintosas e agressivas de Maduro e outras autoridades venezuelanas traz uma nova preocupação em Brasília.

Em especial o “Escutou, Celso Amorim?” dita pelo presidente da Assembleia da Venezuela, Jorge Rodríguez, que mandou o recado, dia 22AGO2024, para assessor de Lula após Justiça declarar Maduro vencedor.

Amorim não é somente o interface político-diplomático brasileiro com a Venezuela. Quando foi ministro da Defesa (2011-2015) no governo Dilma Rousseff assumiu a coordenação do diálogo das Forças Armadas Brasileiras com os Militares Venezuelanos.

Celso Amorim permanece no atual Governo Lula 3, como o interlocutor com os Militares Venezuelanos. Não se sabe o nível e a profundidade visto o domínio Russo-Chinês nos últimos anos.

As relações com o Irã

No Sábado(24AGO2024) o presidente da empresa aérea EMTRASUR, uma subsidiária da CONVIASA, tenente-coronel da Aviación Militar Bolivaiana César José Pérez Salas foi preso no aeroporto de Maiquetia pelo contrabando de 3.000kg de drogas que seriam enviados a ao Afeganistão. No início do ano um B747-300M que esteve retido dois anos no aeroporto de Buenos Aires foi enviado aos Estados Unidos. A aeronave foi desmontada em busca de compartimentos secretos.  A prisão foi originada por uma denúncia de um país europeu. A EMTRASUR opera aeronaves cedidas pelo Irâ.

Aeronave B747-300M retida por dois anos em Buenos Aires e levada aos Estados Unidos no início de 2024.

Nota DefesaNet

Um ponto de muita preocupação é a entrada de refugiados Venezuelanos no Brasil através da Operação Acolhida

Aqui o impacto do custo social relatado pelo Relatório Reservado de 16AGO2024:

Nicolás Maduro está custando caro para o Brasil. E não apenas em aspectos intangíveis. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, está requisitando mais verbas e a cessão de funcionários de outros órgãos federais para dar conta do atendimento de refugiados venezuelanos. De acordo com dados do Ministério da Justiça, mais de quatro mil pessoas já atravessaram a fronteira com Roraima desde a eleição e o agravamento da crise institucional no país vizinho. Há dias em que a Pasta registrou a entrada de mais de 300 venezuelanos no Brasil.

São famílias inteiras, com crianças e bebês, muitos com quadro de anemia ou desidratação e sem vacinas correspondentes à idade. O fluxo de refugiados para o lado de cá da fronteira é uma torneira aberta, que nunca mais fechou. No entanto, o momento foge do “trivial”. As autoridades brasileiras calculam que o número de pessoas deve aumentar nos próximos dias, por conta dos bloqueios de estradas na Venezuela, o que dificulta o transporte de comida e mantimentos, e pela forte repressão do governo Maduro contra oposicionistas.

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