O embaixador brasileiro Ruy Pereira esteve presente na “Asamblea Nacional Venezoelana”, na segunda-feira (07AGO2017), mostrando o apoio do governo brasileiro à agora dissolvida Assembleia Nacional, pela Assembleia Constituinte, eleita dia 30JUL2017. O fato foi convenientemente tuitado (ver abaixo 2) pelo Presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, como o embaixador Ruy Pereira liderando diplomatas na Assembleia Nacional. A Assembleia Constituinte não é reconhecida pelo governo Brasileiro.
Ruy Pereira, Embajador de Brasil, ya se encuentra en el Palacio Federal Legislativo para acompañar a diputados en sesión de hoy pic.twitter.com/gQx9kHbyu7— Asamblea Nacional (@AsambleaVE) 7 de agosto de 2017
Tal como lo anunció la Directiva de la AN, Embajadores ya llegan a Palacio a acompañar a diputados en jornada parlamentaria de este lunes pic.twitter.com/n29dIEO5yT
— Asamblea Nacional (@AsambleaVE) 7 de agosto de 2017
DefesaNet, em artigo no dia 27JUL2017, mencionou no título a posição ambígua do embaixador brasileiro Ruy Pereira, em relação com o governo Maduro.
O Artigo foi publicado com o título: “Exclusivo – Embaixador Brasileiro em Caracas tem agenda dupla ou é..? Link”
No dia 30JUL2017, o Diário do Poder publicou uma nota telegrafada pelo Itamaraty mencionando DefesaNet como “oposição venezuelana”.
A Nota do Diário do Poder / Itamaraty mostra que a ambiguidade do Embaixador Ruy Pereira é relevada pela Chancelaria Brasileira, e não desmentiu DefesaNet, inclusive confirma os receios .
Nota na íntegra do Diário do Poder / Itamaraty publicada 30JUL2017, abaixo:
Relação com Maduro expõe embaixador do Brasil
Relação do brasileiro com Maduro indigna oposição venezuelana
Voltou a Caracas no início do mês (Julho 2017) o embaixador Ruy Carlos Pereira, chamado de volta a Brasília em setembro de 2016, quando desandou a relação entre os países. Ao retomar contatos com o regime autoritário de Nicolás Maduro, indignou a oposição venezuelana. Mas colegas o respeitam: “Maduro pode achar que ele é confiável. Melhor que pense. Ele é confiável para nós”, afirma alta fonte do Itamaraty. “Tenho-lhe horror”, diz um embaixador, “mas na guerra eu o quero ao meu lado”. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Ruy Pereira foi chamado de volta quando a Venezuela levou o seu embaixador, no impeachment de Dilma. O venezuelano não retornou.
O Itamaraty avaliou que a Maduro ignoraria o pedido de agréement de eventual substituto de Ruy Pereira, só para hostilizar o governo Temer.
Com Ruy Pereira, o governo Temer fez opção por um embaixador capaz de fazer chegar suas mensagens ao governo venezuelano.