Nota DefesaNet
Trabalho do Pesquisador Expedito Bastos do ECSB Defesa analisando as perdas de carros de combate do Exército Russo na “Operação Especial” na Ucrânia. Clique na imagem abaixo para ter acesso à integra do trabalho (15 páginas) com excelentes imagens em formato pdf. O Editor |
UCRÂNIA 2022
O Cemitério dos Blindados Russos
No 47º dia (12 de abril de 2022) de uma Guerra na Europa, iniciada com a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de Fevereiro do corrente, que impressionam pelas vultosas perdas Russas em veículos blindados sobre lagartas e rodas, superando em muitos casos, a quantidade destes veículos no seio de diversos Exércitos no mundo.
O certo é que desde a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), a Rússia nunca travou uma guerra convencional contra um Exército Regular, como única exceção, temos o conflito com a Geórgia em 2008, que foi invadida pelos russos para apoiar os movimentos separatistas na Abkhazia e na Ossétia do Sul onde derrotou o pequeno Exército Georgiano em 12 dias, e suas perdas militares foram de 67 mortos, 283 feridos, 03 desaparecidos, 12 capturados, e em termos de material foram 03 carros de combate, 20 blindados e alguns veículos de transporte.
O curioso é que neste curto conflito as dificuldades russas na área de Comando, Controle e Inteligência mostrou-se deficiente, bem como a falta de comunicação em razão de seus equipamentos obsoletos, atrapalharem muito seu desempenho, e algumas unidades do Exército reclamaram com a falta de suprimentos e munição, além da dificuldade da cadeia de reabastecimento.
Este foi o conflito mais próximo que a Rússia teve de uma Guerra Real nos últimos 77 anos, entretanto alguns especialistas militares russos lutaram na Coréia, Vietnã, Angola, etc. Porém, o Exército como um todo não o fez. A máquina militar russa do recrutamento à logística não foi verificada em uma guerra contra um grande Exército Regular desde 1945.
A Ucrânia é a primeira experiência que o Exército Russo está tendo desde 1945, e a luta contra seus inimigos nos mostra que nenhum deles tinha um Exército Regular próprio, com pouca ou nenhuma estrutura, pouco treinamento e pequeno poder de fogo. Como forma de compensação, a Rússia investe pesadamente em propaganda glorificando seus militares.
Devemos ressaltar que recentemente a Rússia lutou apenas contra países pequenos, Chechênia – 1 milhão de habitantes, Geórgia – 4 milhões, já na Síria tinha 17,5 milhões, mas neste país, tem lutado contra rebeldes, sem treinamento ou armamentos adequados e o discurso “luta contra o terrorismo”, permitiu simplesmente destruírem cidades inteiras, principalmente pelo ar sem consequências. A Ucrânia tem 44 milhões de habitantes e um Exército Regular bem treinado e armado, fruto das experiências dos fatos ocorridos em 2008 e principalmente em 2014, com os enclaves separatistas da região do Donbas e anexação da Criméia pela Rússia, lembrando que o Exército Ucraniano é relativamente novo, criada após sua independência em 1991 depois da queda da União Soviética.
Do ponto de vista russo a invasão da Ucrânia seria rápida e decisiva e que em poucos dias tudo estaria resolvido, com a queda do governo local e com a entrada triunfante das forças russas vitoriosas e recebidas como libertadoras em suas principais cidades, afastando definitivamente a Ucrânia do Ocidente. Todavia algo deu errado (não pensado pelos militares russos) sinalizando que o conflito já está sendo longo e extremamente custoso para ambos os lados, lembrando que a Ucrânia foi socorrida pelos Estados Unidos e União Europeia que tem fornecido uma gama variada de modernos equipamentos militares como mísseis anticarro, drones, imagens de satélites, informações em tempo real e excelentes comunicações que tem feito a grande diferença.
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