No dia 22 de junho, militares do Exército Brasileiro que integram a Operação Atalaia do Norte retornaram para suas sedes de origem: Brasília (DF) e Campo Grande (MS). Em 4 dias intensos de trabalho, a equipe prestou 939 atendimentos aos ribeirinhos e indígenas.
Uma evacuação aeromédica também foi realizada, transferindo uma paciente com gravidez tubária rompida para Tabatinga (AM). “Fizemos a diferença. Ajudamos a população, cuidando dela e a orientando. É um momento de gratidão por ter participado dessa missão”, disse a Terceiro-Sargento Roseneire da Silva, técnica em enfermagem.
Para a Tenente Christiane de Oliveira Bensusan, “Foi extremamente gratificante ter participado, ter ajudado essas pessoas em regiões mais isoladas e com alguma dificuldade de acesso à saúde. É recompensador perceber, no olhar deles, o agradecimento e saber que, de alguma forma, a gente fez a diferença na vida delas. Mais uma vez, a gente observa que as Forças Armadas estão realmente em todos os lugares. Me sinto muito feliz!”, afirmou a médica.
A missão, conduzida pelo Ministério da Defesa e pelo Ministério da Saúde levou ao Vale do Javari, região no interior do estado do Amazonas, uma equipe de saúde formada por 23 profissionais das Forças Armadas: 10 médicos, uma farmacêutica, 3 enfermeiros e 9 técnicos de enfermagem. Desse total, 13 são militares do Exército, sendo 3 do Hospital das Forças Armadas (Brasília/DF) e 10 do Hospital Militar de Área de Campo Grande (Campo Grande/MS). Os profissionais de saúde foram divididos em grupos para otimizar os trabalhos.
Além dos profissionais, a missão também teve como objetivo levar 70 mil itens, como equipamentos de proteção e insumos hospitalares. A população atendida também realizou testes de COVID-19.
A região do Vale Javari conta com a segunda maior área indígena do país: são cerca de sete mil indígenas, em uma área que corresponde a cerca de 86 mil km². Durante a missão, veículos de imprensa, nacional e internacional, que acompanhavam a Operação Atalaia do Norte, conheceram de perto os trabalhos dos militares na região, tanto em ações humanitárias, quanto no controle na Faixa de Fronteira.