Militares têm intensificado o combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima
A Marinha do Brasil passou a comandar o Estado-Maior Conjunto da Operação “Catrimani II” que, desde 1º de abril, combate o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. No início deste mês, o Contra-Almirante Alexandre Itiro Villela Assano substituiu o Brigadeiro do Ar Steven Meier, da Força Aérea Brasileira (FAB), no cargo de Chefe do Estado-Maior do Comando Operacional.
A Operação prevê um trabalho conjunto entre os órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, para empregar temporariamente (até dezembro) diversos meios na região, com ações voltadas à retirada de intrusos e ao enfrentamento da crise humanitária que assolou a Terra Indígena Yanomami. Nesta nova fase da Operação, os militares estão trabalhando de forma preventiva e repressiva para neutralizar as atividades ilegais do garimpo, além de combater ilícitos transfronteiriços e crimes ambientais.
A Força Naval Componente (FNC) participará das ações por meio do Navio-Patrulha Fluvial “Raposo Tavares”, que conta com a tropa embarcada de Fuzileiros Navais do 1º Batalhão de Operações Ribeirinhas; Aviso Hidroceanográfico Fluvial (AvHoFlu) “Rio Negro”, destinado a levantamentos que possibilitarão o conhecimento do canal de navegação; Navio de Assistência Hospitalar “Carlos Chagas”, que levará assistência médico-hospitalar e odontológica às populações ribeirinhas e comunidades indígenas; e Navio Empurrador “Segundo-Tenente Souza Filho”, trazendo uma Lancha de Combate blindada “Excalibur”, operada por militares do Grupamento de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Amazonas (GreOpRibAM). Para fortalecer ainda mais a Operação, foram acionados militares do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (Comandos Anfíbios) e do Grupamento de Mergulhadores de Combate – ambos considerados tropas de elite da Marinha.
Pela primeira vez, o GreOpRibAM atua de maneira expedicionária, trazendo ao Teatro de Operações uma Lancha “Excalibur”, que atua interiorizada nos estreitos rios que adentram a TIY, como o próprio Catrimani. Também, de forma inédita, o AvHoFlu “Rio Negro” entrou no Rio Catrimani, visando realizar sondagem operativa, a fim de possibilitar uma operação segura das missões da FNC no limite da navegabilidade do rio.
“Catrimani I”
A primeira etapa da Operação “Catrimani”, ocorrida no período de janeiro a março deste ano, focou na ajuda humanitária realizada pelas Forças Armadas. Foram atendidas mais de 230 comunidades indígenas, incluindo transporte de cargas e combustível, evacuação aeromédica e distribuição de cestas básicas, totalizando 360 toneladas de alimentos entregues. Nesse esforço logístico, os militares realizaram mais de 2.400 horas de voo, em 36 aeronaves das três Forças.
Fonte: Agência Marinha de Notícias