Após cumprir um grande número de exigências, testes de verificação e qualificação rigorosos, em condições extremas de frio na Noruega e calor nos Emirados Árabes Unidos, o Exército Alemão aprovou a VBCI (Viatura Blindada de Combate de Infantaria) PUMA e vai incorporá-la às suas tropas, substituindo a eficaz, porém antiga, VBCI MARDER.
Após a entrega de duas unidades para testes em dezembro de 2010, o veículo passou por uma série de alterações que vão desde o chassi até a torre. O que chama a atenção é o nível elevado de proteção contra minas, sua armadura é composta de nanocerâmica, ligas de alumíniotitânio e ligas de aço, o que de acordo com os gestores do projeto possibilita que a VBCI PUMA tenha um nível de proteção antiminas superior à VBCCC Leopard 2.
O Puma pesa 31,45 toneladas, o que garante a sua mobilidade estratégica. Porém, quando equipado com sua blindagem adicional, o peso do blindado salta para 41 t, o que não chega a ser um problema tendo em vista o motor de 1.073 HP diesel que o torna mais poderoso do que alguns MBT (Main Battle Tank) em serviço no mundo.
Foi destacada também a consciência situacional. O veículo tem um mínimo de 6 câmeras que fornecem 360º de cobertura ao redor, todas elas protegidas por painéis deslizantes.
Caso as câmeras do atirador sofram algum dano, ele pode utilizar a unidade do Cmt de carro para apontar e realizar o tiro, assim como o motorista pode fazer o mesmo para conduzir a viatura.
Essa redundância garante a mobilidade e continuação das tarefas no campo de batalha. Armado com uma torre de 30 mm automatizada, tem a capacidade de disparar toda a gama de munições da OTAN. O incomum é o seu armamento secundário, que é composto por uma Mtr 5,56 mm. A escolha de um calibre menor que o usual 7,62 mm permitiu embarcar cerca de 2000 tiros.
Agora que o Puma foi comissionado às Forças Armadas alemãs, o primeiro passo é treinar instrutores. Esse processo já está em andamento no centro de treinamento do Exército alemão em Munster, e deve sercompleto até o fim deste ano. Uma equipe específica foi formada em Munster para o Puma, e dará às companhias de infantaria mecanizada três meses de treinamento inicial para operação do novo veículo.
A equipe recebe as unidades diretamente do fabricante, as equipa com itens especificados pelas Bundeswehr e as transfere para as tropas que estão sendo treinadas. Uma vez completo o ciclo de três meses, essas unidades voltam às bases com seus Pumas.
Nesse meio-tempo, as Forças Armadas e a PSM GmbH concluíram os contratos necessários para manuntenção e suporte técnico e logístico. Assim, o suporte de longo-prazo por parte de fornecedores relevantes no setor de defesa alemão está garantido.
Performance e características do Puma
Letalidade: Graças ao recém-criado canhão automático MK30-2/ABM de 30mm e munição programável, o veículo, mesmo oculto, pode engajar uma variedade de alvos.
Mobilidade: O chassis hidro-pneumático e motor potente tornam o Puma bastante manobrável mesmo nos terrenos mais acidentados, e proporcionam velocidade máxima de 70 km/h. Isso significa capacidade de operar em combate junto com o blindado Leopard 2.
Sobrevida/Resistência: Um sistema de proteção modular, com components ativos e passivos, matém a tripulação segura contra minas, dispositivos caseiros, bombas menores, estilhaços e ameaças balísticas como cargas moldadas e de cinéticas.
C4I: A tecnologia digital de commando e controle facilita a operação do IFV e seus subsistemas pela tripulação. Isso simplifica procedimentos de comando e coloca o Puma diretamente na rede de operações.
Reconhecimento: Sensores ópticos e optrônicos dão aos operadores o quadro mais detalhado da situação em combate em tempo real, permitindo detecção rpapida e engajamento preciso de ameaças.