Denise Fontes, Tenente Adauto Fraga E Capitão Monteiro
No período dos jogos da Copa América, de 10 de junho a 8 de julho deste ano, os aeroportos brasileiros tiveram, em média, 3.300 voos diários da aviação comercial. Durante o evento esportivo, os oito aeroportos das cinco cidades-sede – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre – registraram aproximadamente 209 movimentos aéreos por dia, envolvendo as aeronaves de chefes de Estado, autoridades, delegações de atletas e comissões de arbitragem, além de turistas, alcançando 100% de pontualidade, sem registros de atrasos.
O maior movimento aéreo foi em 8 de julho, um dia após o encerramento da Copa América. Os aeroportos Santos Dumont, Galeão e de Jacarepaguá tiveram 878 movimentos aéreos. O pico de tráfego foi registrado entre 6 e 12 horas da manhã.
Esse aumento foi decorrente do regresso de chefes de Estado, delegações e turistas aos seus países de origem.
Os dados são do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), unidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), responsável por gerenciar o fluxo de movimentos aéreos do País. Para o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, o resultado é fruto de planejamento, treinamento e coordenação entre os órgãos envolvidos.
“O trabalho colaborativo realizado entre as áreas de controle de tráfego aéreo, infraestrutura aeroportuária e empresas aéreas contribuíram para os índices positivos”, avaliou o oficial-general.
A Sala Master de Comando e Controle, ativada no CGNA, foi responsável pela disponibilidade da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, fiscalização da vigilância sanitária e agropecuária, controle da receita federal e da polícia federal, inspeção da aviação civil e acompanhamento do comitê organizador local.
Os telões exibiram, em tempo real, informações sobre a situação do pátio dos aeroportos das cidades-sede, bem como visualizações dos radares com as respectivas informações de voo e o posicionamento de aeronaves no espaço aéreo dessas regiões.
A Sala Master, por meio do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA) e TATIC FLOW, softwares que auxiliam no processo de gerenciamento de fluxo, monitorou todo fluxo aéreo junto às cidades-sede.
O Portal Operacional do CGNA tornou possível o acesso dos operadores nacionais e estrangeiros às normas, contingências, capacidades de pistas e setores de controle de tráfego aéreo, além de informações aeronáuticas e condições meteorológicas.
“Foi produzido um conteúdo informativo específico para orientar a operação da aviação geral durante o evento com coordenação permanente com a Sala Operacional do CGNA e os órgãos de controle de tráfego aéreo”, relatou o Coordenador Adjunto da Sala Master, Major Aviador Andrei Oliveira da Silva Santos.
Fotos: Fábio Maciel e Luiz Eduardo Perez / DECEA