1º Sgt Amaral – CI Bld
A empresa israelense Elbit Systems, remodelou por completo a sua torre remotamente controlada UT-30, versão esta até então conhecida e adquirida pelo Exército Brasileiro para dotar algumas viaturas da Família Guarani.
Tais modificações podem ser fruto de novas demandas dos mercados interno e externo ou de novos programas em curso, que podem ter levado a cabo tão grande transformação e que chama a atenção, principalmente, pelas suas novas dimensões e silhueta.
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O novo modelo recebeu o nome de UT30MK2. Em relação a versão utilizada pelo Guarani, a nova torre apresenta como principais modificações a silhueta mais baixa e a possibilidade de efetuar os procedimentos de remuniciamento da arma internamente, sem a necessidade de expor a guarnição.
Além disso, a proteção balística pode ser aumentada para STANAG 4569 nível 2, 3, 4 ou 6. O nível 2 oferece proteção contra ameaça de munição perfurante calibre 7,62mm a partir de 30m.
O nível 3 proporciona proteção contra munição 12.7mm a partir de 100m e o nível 4 contra munição 14.5mm a partir de 200m.
Já o nível 6 oferece proteção contra munição de canhão 30mm APFSDS (armor piercing fin stabilized discarding sabot) e antipessoal a partir de 500m.
A Torre UT-30BR Algumas das VBTP-MR 6×6 Guarani receberam recentemente a torre não tripulada UT-30BR (Unmanned Turret 30 mm Brazil), aumentando suas capacidades de fogo. Nesse tipo de torre, o atirador se mantém protegido dentro da viatura, maneja o armamento por meio de comandos tipo “joystick” e observa o terreno por intermédio de um monitor LCD. Trata-se de um Sistemas de Armas Remotamente Controlado (SARC). A Guarani com UT-30BR comporta três tipos de armamentos: o canhão automático 30 mm ATK BushMaster MK44; a metralhadora coaxial 7,62 mm; e o lançador de granadas fumígenas 76 mm. O canhão possui funcionamento elétrico, tipo Chain Gun, no qual o conjunto ferrolho movimenta-se ciclicamente, sem a necessidade da utilização dos gases oriundos dos disparos, o que proporciona um índice muito baixo de incidentes de tiro, além de fácil manutenção. A torre possui dois cofres de munição 30 mm, um com capacidade para 50 cartuchos e outro para 150, então, é possível alimentar o canhão com até dois tipos de munição simultaneamente. Como vantagem, tem-se a munição toda estocada na parte externa da viatura, o que aumenta as chances de sobrevivência da tropa, caso sofra ataques anticarro ou com mina terrestre. Sua cadência inicial é de 200 tiros por minuto, com alcance efetivo de 3.000 metros (com munição perfurante) e 2.000 metros (com munição explosiva). A metralhadora automática coaxial 7,62 mm proporciona alta expectativa de impacto a 500 metros e possui uma cadência de aproximadamente 700 tiros por minuto, podendo ser alterada de acordo com o ajuste do regulador de gases. Diferente do canhão, os gases dos disparos são aproveitados para o funcionamento da metralhadora. Por fim, o lançador de granadas fumígenas pode lançar oito artefatos a aproximadamente 30 metros de distância, formando uma cortina de fumaça de cerca de 100 metros de frente, que oculta a viatura diante do adversário e a protege contra a telemetria laser dos armamentos inimigos. O operador pode disparar quatro ou oito granadas simultaneamente. A torre UT-30BR possui um dispositivo de segurança para a detecção de ameaça a laser chamado Elbit's Laser Warning System (ELAWS), que alerta quanto a ameaças laser inimiga, informando a direção de origem. Em uma situação de combate, quando detectada a ameaça, o operador pode configurar a torre para apontar automaticamente para a direção ou manualmente, bastando pressionar um botão. O “auto tracking”, ou “Automatic Target Tracking” (Acompanhamento Automático de Alvos), é um recurso muito útil desse modelo de torre, que permite o acompanhamento, sem a necessidade de interferência humana. Existe, ainda, uma outra ferramenta, chamada de “Caçador-Matador” (Hunter-Killer), que permite ao comandante trazer o armamento para a direção em que estiver observando, trazendo o canhão para seu comando e executando o disparo, sem a interferência do atirador. Além do Brasil, vários países já adquiriram esse equipamento, tais como Eslováquia, Bélgica e Portugal. A torre também pode ser integrada a outros tipos de viaturas blindadas. |