Cerca de 300 militares do Brasil e dos Estados Unidos realizaram Tiro de Integração no estande da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em Resende (RJ) no dia 14 de dezembro.
A reunião das tropas marcou o fim das atividades operacionais combinadas com o Exército norte-americano em território brasileiro no âmbito da CORE (Combined Operations and Rotation Exercises).
No Tiro de Integração, os militares norte-americanos atiraram com armamento utilizado pelo Exército Brasileiro: o fuzil IA2 de fabricação nacional, da Imbel. Já os militares brasileiros tiveram a experiência de atirar com o armamento do Exército dos EUA, que utiliza o fuzil M4.
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Ambos são calibre 5,56 mm. Antes da atividade, que ocorreu à tarde, os militares dos dois países tiveram instrução prévia de manejo. As séries de tiros no estande permitiram que até 40 militares disparassem simultâneamente nos alvos.
O Comandante da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), General de Brigada Rodrigo Ferraz Silva, avaliou que o Tiro de Integração coroou o final do exercício CORE. “O armamento, tanto o brasileiro quanto o americano, é muito semelhante. Destaco a confiabilidade e a portabilidade de ambos, que têm o mesmo calibre, e mais ou menos a mesma cadência de tiro. As tropas celebraram o exercício, que foi de grande potencial de ensinamento com os irmãos do Exército americano”, disse.
O soldado norte-americano Brandon Mickey elogiou o fuzil usado pelos militares brasileiros. “É um armamento diferente do que a gente está acostumado, mas é um fuzil muito bem construído”, afirmou. O soldado Fernando Flores compartilha a mesma opinião. “A experiência [de atirar com o IA2] foi incrível. Mesmo sendo uma arma diferente, foi bem natural e divertido atirar”, concluiu.
Exército realiza exercício de tiro real de fração no CORE 21
A Força-Tarefa Itororó, da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), realizou no dia 13 de dezembro o exercício de tiro real de fração. A ação tática permitiu o emprego do armamento orgânico da unidade. O exercício ocorreu no âmbito da operação CORE 21 (Combined Operations and Rotation Exercises), que reúne militares brasileiros e norte-americanos em cidades no interior de São Paulo e do Rio de Janeiro desde o dia 6 de dezembro.
O tiro de fração, em situação real de conflito, serve para a manutenção do terreno e permite a progressão da tropa. No exercício de segunda-feira (13) foi simulada a defesa de um território. A atividade ocorreu no campo de instrução da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), e militares dos Estados Unidos participaram como observadores.
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A ação empregou fuzis, metralhadoras, granadas, mortreiros e canhões. O Major de Infantaria Rafael Marcos da Costa Ribeiro, Adjunto do Oficial de Operações do Comando da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), explicou como a manobra ocorreu na prática.
“A tropa realizou um assalto aeromóvel para conquistar uma cabeça de ponte [área estretégica]. Essa cabeça de ponte foi conquistada e, pela nossa doutrina, nós passamos à manutenção dela para manter esse terreno por um determinado período. A intenção do escalão superior, neste caso, foi garantir o acesso à estrada. Então precisávamos barrar o “inimigo” até no horário que foi determinado para cumprir a missão”, afirmou o Major Costa.