Um soldado do Exército Brasileiro caiu após ser atingido por uma motocicleta enquanto fazia patrulhamento nas ruas durante o início da noite desta quinta-feira (09), no bairro São Torquato, em Vila Velha.
Os boatos de que o militar teria sido baleado foram desmentidos pelo sargento Domingos, do 38º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro. O condutor da motocicleta teria tentado furar um bloqueio feito pelos militares. O militar sofreu escoriações leves nas regiões da perna e cabeça, e foi encaminhado para o hospital, onde está recebendo atendimento médico.
Em um vídeo, divulgado nas redes sociais, é possível ver que o militar está no caído chão em companhia de mais quatro soldados em frente ao Terminal de São Torquato. A pessoa que narra o vídeo diz que o militar teria sido baleado na cabeça.
O material foi divulgado em redes sociais e aplicativos de mensagens, o que gerou boatos de que o militar teria sido atingido por um tiro.
O Espírito Santo está sem a Polícia Militar nas ruas desde sábado (4), porque protestos de familiares dos policiais bloqueiam as saídas dos batalhões. Por causa da paralisação da PM, o Governo do Estado solicitou e obteve do Governo Federal auxílio, com o envio de tropas das Forças Armadas e Força Nacional para garantia da lei e da ordem.
Segundo o porta-voz da força-tarefa no Estado, coronel Alves da Costa, o piloto da moto seria revistado por militares, mas fugiu da abordagem e atropelou o cabo. O militar teve ferimentos leves nas regiões da perna e cabeça e recebe atendimento médico em um hospital de Vila Velha. O motociclista ainda não foi encontrado.
Sem PMs Familiares de PMs estão bloqueando a porta dos batalhões para impedir a saída dos militares. Desde então, uma onda de assaltos, furtos e homicídios tomou conta das cidades capixabas.
O Espírito Santo já registrou mais de 100 mortes violentas desde que a manifestação começou, segundo o Sindicato dos Policiais Civis. Manifestantes cobram reajuste salarial e melhores condições de trabalho para os PMs. O Governo do Estado chamou o movimento de 'chantagem' e afirma que só vai negociar quando os militares voltarem ao serviço.
O governador em exercício, César Colnago, pediu apoio do Ministério da Defesa. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, mil militares das Forças Armadas e mais 200 da Força Nacional de Segurança Pública atuam no Estado. Batizada de “Operação Capixaba”, a atuação terá duração de 10 dias, com mais intensidade na Região Metropolitana de Vitória, segundo o Ministério da Defesa.