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Sistema Aéreo Remotamente Pilotado combate desmatamento na Amazônia

Tenente Cristiane E Major Bazilius

O Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP) da Força Aérea Brasileira (FAB) tem auxiliado e otimizado os trabalhos de reconhecimento de áreas de desmatamento na Amazônia Legal na Operação Samaúma. Operado pelo Esquadrão Hórus (1º/12° GAV), o Sistema tem capacidade de identificar e fotografar, com tecnologia termal e em tempo real, imagens aéreas com possíveis delitos, contribuindo com os órgãos fiscalizadores no mapeamento das ações de combate.

Com autonomia de até 30 horas, a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) pode sobrevoar até mil quilômetros sobre as áreas de interesse, a partir do Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), localizado na Serra do Cachimbo, em Novo Progresso (PA), onde ocorrem as decolagens. Após 80 quilômetros voados, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF), assume o controle e a coordenação tática de forma remota. Da capital federal, os dados captados são analisados, dando suporte aos Comandos Conjuntos e às agências reguladoras e de fiscalização.

 

O Diretor do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, Tenente-Coronel Aviador Leonardo dos Passos de Araújo, explica que a unidade militar está, basicamente, no meio dos quatro estados que abrangem a Operação Samaúma: Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. “A aeronave pode se deslocar para qualquer ponto destes estados. Ou seja, está, estrategicamente, muito bem posicionada, dando apoio na região norte do Brasil”, completa.

O SARP registra e transmite as informações a partir de uma plataforma satelital. Para o Chefe da Seção de Operações do Esquadrão Hórus, Major Aviador Vinícius Marques da Rosa, o grande ganho do Sistema é a celeridade. “A imagem em tempo real fornece ao decisor a informação que ele precisa para mover todos os demais meios, gerando economia e eficiência muito maior na ação futura”, explica.

 

O Comandante de Operações Aeroespaciais e Comandante de Preparo do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, explica como é a contribuição da FAB na Operação. “Nós temos oficiais de ligação e representantes nos órgãos que solicitam as imagens. Eles determinam a área de interesse e, a partir daí, nós planejamos a missão e definimos qual o sensor mais adequado para executá-la. Ou seja, identificamos qual a melhor solução para aquele caso e enviamos a plataforma – a aeronave, o satélite ou a ARP – para fazer o levantamento dos dados. Nós processamos a imagem e informamos imediatamente para quem fez a solicitação”, conta.

Operação Samaúma

A Operação Samaúma, de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental, ocorre em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental, em áreas de propriedade ou sob posse da União e mediante requerimento estadual. Ela surgiu da necessidade de intervir em 26 municípios dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia, nos quais foram detectados indícios de ilícitos ambientais, mapeados pelo Grupo Gestor do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL). Todas as atividades ocorrem em conjunto com órgãos e agências de proteção ambiental e de segurança pública.

Fotos e Vídeo: Soldado A. Soares / CECOMSAER

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