O crescente movimento aéreo nas plataformas marítimas de exploração de petróleo e gás do litoral brasileiro chama a atenção para a segurança dessas operações e, sobretudo, dos passageiros.
Neste contexto, o serviço de Busca e Salvamento, gerenciado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) promoveu nos dias 5 e 6 de novembro, um evento especialmente dedicado ao assunto: o Primeiro Simpósio de Busca e Salvamento – Incidentes Offshore.
Na ocasião, foram debatidos os principais desafios das operações SAR (acrônimo inglês para Busca e Salvamento) na faixa offshore brasileira, onde estão situadas as bacias petrolíferas e duas infraestruturas de exploração.
Para o coordenador do evento, chefe da Subdivisão de Busca e Salvamento do CINDACTA II, Capitão Aviador Bruno Olimpio de Morais Strafacci, esse é o momento ideal para a realização de um evento voltado ao assunto: “Nós já prestamos este serviço há muito tempo, mas com o Pré-Sal, sabemos que a logística para a exploração do petróleo irá crescer bastante. Nós,como nação, precisamos crescer junto, buscando sempre a excelência nesse serviço pelo próprio respeito à salvaguarda da vida humana", afirmou o oficial.
O evento reuniu profissionais envolvidos com a Busca e Salvamento de todo Brasil e do mundo e dispôs de palestrantes da Força Aérea Brasileira, Petrobrás, United States Coast Guard, da fabricante de helicópteros anglo-italiana Augusta Westland e das organizações canadenses Justice Institute of British Columbia, Joint Rescue Coordination Centre – Halifax e CHC Helicopters.
Dentre os assuntos abordados, foram debatidas questões relativas às logísticas da exploração do petróleo em águas profundas, às operações de resgate em massa, às operações de busca e salvamento offshore, aos incidentes sobre o mar, ao futuro da atividade SAR, dentre outros.
Os participantes também prestigiaram atividades paralelas às palestras, como a visita guiada à aeronave C-105, adaptada às necessidades SAR. Eles puderam conhecer os procedimentos para busca de sobreviventes, sobre o mar e terra.
No Centro de Controle de Área de Curitiba (ACC-CW) observaram o trabalho dos controladores de tráfego aéreo em tempo real e dos demais profissionais envolvidos nas atividades do ACC, como Meteorologia Aeronáutica e Serviço Informações Aeronáuticas, por exemplo.
Para o comandante do CINDACTA II, Coronel Aviador José Vagner Vital, o empenho para a realização deste simpósio poderá gerar muitos frutos, dentre eles, a realização regular desses encontros. “É um momento importante para troca de ideias, essencial para o espírito de decisão colaborativa.
Nós nos sentimos honrados por termos sidos escolhidos pelo DECEA para sediar este evento e gratos pelo apoio do Subdepartamento de Operações do órgão central, que é o setor responsável pela gestão da atividade no País.”, declarou o comandante.
Saiba mais – Só em 2013, mais de um milhão e trezentos mil passageiros usaram o transporte aéreo para acessar as inúmeras plataformas marítimas de exploração de petróleo e gás nas cercanias do litoral brasileiro.
Localizadas em média a cerca de 300 km da costa, essas plataformas deverão aumentar em quantidade nos próximos anos com a evolução da exploração da “camada Pré-Sal” que abrange uma área de 144 km2.