Estado de Minas
Os gigantes Airbus e Boeing, assim como empresas menores, como Embraer e ATR, assinaram grandes contratos de venda no Salão da aeronáutica de Le Bourget (norte de Paris) e demonstraram o dinamismo de um setor que parece ignorar as dificuldades da economia mundial.
A empresa europeia Airbus anunciou nesta quinta-feira que recebeu 39,3 bilhões de dólares de pedidos firmes relativos a 241 aeronaves nos quatro dias do salão dedicados aos profissionais.
Com as intenções de compra, os pedidos totais alcançam 68,7 bilhões de dólares por 466 aviões de médio (A320 e A320neo) e de longa distância (A330, A350 e o superjumbo A380).
Na disputa entre os dois gigantes da aeronáutica, a Airbus superou no salão a seu competidor norte-americano Boeing, que anunciou, por sua vez, pedidos firmes por um valor de 38 bilhões de dólares e intenções de compra avaliados a pouco mais de 22,2 bilhões.
O diretor comercial da Airbus, John Leahy, apresentou estatísticas para reivindicar que nos últimos cinco anos sua empresa vendeu mais aviões de longa distância que a Boeing.
"Estamos muito orgulhosos por superá-los aproximadamente em dois contra um dos últimos cinco anos", disse Leahy, reivindicando 70% do mercado do lucrativo segmento dos aviões de longa distância.
A Airbus organiza nesta sexta-feira um sobrevoo pelo salão com seu último modelo dessa gama, o A350, cujos testes de voo começaram há menos de uma semana.
A Boeing também se declarou satisfeita, destacando que "o salão de Le Bourget 2013 foi um grande ano" para a empresa.
Aviões regionais
Os fabricantes de aviões regionais bateram recorde de pedidos. O E2, nova geração da família de jatos E da Embraer, foi uma das estrelas do salão.
Seu lançamento foi acompanhado de um pedido firme de 100 aeronaves pela empresa Skywest.
"O salão de París-Le Bourget foi um bom salão para Embraer", "mostra o sucesso da família Ejet. Foi o melhor salão dos últimos dez anos", disse à AFP Paulo Cesar Silvo, presidente da divisão de aviação comercial da empresa.
No segmento dos aviões de 30-120 lugares, a Embraer representa 40% do mercado, em comparação aos 29% de seu competidor canadense, o grupo Bombardier, cujo CSeries foi uma grande ausência Le Bourget.
Para ATR, líder do mercado dos aviões regionais a hélice, este salão "é o melhor da história" da empresa, declarou um porta-voz da empresa dos grupos EADS e Finmeccanica.
"Registramos 173 pedidos, 83 deles firmes, em um total de 4,1 bilhões de dólares, um recorde", explicou.
Todos os fabricantes se beneficiam do auge do transporte aéreo na Ásia e na América Latina, assim como a renovação das frotas das companhias mais tradicionais, como Air France-KLM, que confirmou nesta quarta-feira um pedido de 25 A350-900 por um valor de 7,2 bilhões de dólares.
Na Europa, as companhias de baixo custo easyJet e Ryanair também se mostram dinâmicas. A britânica easyJet anunciou uma intenção de compra de cem A320 por 13,2 bilhões de dólares e a irlandesa confirmou um pedido de 175 aviões 737-800 Next Generation estimado em 15,6 bilhões.
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