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Resposta ao Coup D´Presse – Não é o Dedo, é a Mão de Frei Orlando

Não é o Dedo, é a Mão de Frei Orlando

 

Armando Brasil

 

Nota DefesaNet

Este artigo é uma respota ao Coup D´Presse: "Foi o dedo de Frei Orlando", publicado na Folha de São Paulo. 18NOV2020.

O Editor

 

Hoje, na sua coluna nos dois periódicos de maior relevância no país, O Globo e a Folha de São Paulo, o jornalista Elio Gaspari, mais uma vez, emite sua inapropriada e errônea opinião sobre a presença das Forças Armadas do país na política. Ele escreveu um artigo usando o nome do patrono do serviço religioso no Exército, Frei Orlando.

Ao atribuir ao General Eduardo Villas Boas o feito do retorno dos militares à política, o jornalista, apesar de todo seu aparato intelectual, parece desconhecer princípios básicos no trato da política, seja do ponto de vista da construção histórica dos processos, que coloca sempre o homem nas suas circunstâncias, seja no fato de que a política é a arte do possível.

A morte do General Leônidas Pires Gonçalves representou para o Exército Brasileiro uma perda importantíssima. Era dele a liderança do processo, que vinha em curso desde a redemocratização, do afastamento do Exército da política tradicional.  Sem a sua presença e acossado pela figura provocativa da Comissão da Verdade, seria muito difícil que no Alto Comando daquela instituição não houvesse manifestações contra a errônea condução que acontecia desde a morte daquele líder militar, da relação do aparato militar com o meio político . Essa discrepância conduziu à tentativa – até bem sucedida – do General Villas Boas de evitar uma intervenção militar no processo político, aí sim desastrosa, depois de pronunciamentos de altos chefes militares, como o General Mourão.

Essa ação de Villas Boas é agora vista como uma leniência, pelo jornalista, algo que conduziu a uma politização do Exército. Tanto o General Villas Boas estava certo, como o General Pujol está agora certo ao colocar de forma clara ser o Exército uma instituição do Estado Nacional, após a tentativa continuada da Presidência da República de fazê-lo mais uma peça de seu governo.

É necessário que o jornalista aprenda mais sobre o Exército e de que nessa força armada nunca houve outra política do que a política do Exército, como afirmava o General Goes Monteiro.  Ambos, Pujol eVillas Boas, representam essa política do Exército, nem o General Villas Boas foi omisso e nem o General Pujol é um atuante político. Na atuação dos dois reside a mão e não o dedo de Frei Orlando.

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