O Pentágono notificou o Congresso americano sobre sua intenção de vender ao Brasil mísseis do tipo Harpoon e equipamentos associados, informou a instituição nesta terça-feira, acrescentando que o custo da operação é estimado em US$ 169 milhões.
"Essa proposta de venda contribuirá para a Política Externa e a Segurança Nacional dos Estados Unidos, ao ajudar a melhorar a segurança do Brasil, que foi e continua sendo uma importante força para a estabilidade regional", justificou o Pentágono, em uma nota.
O Departamento americano da Defesa informou que o governo brasileiro fez uma consulta sobre a possível compra de 16 mísseis AGM-84L Harpoon Block II, assim como quatro mísseis da mesma série para treinamento aéreo, peças e suporte.
O míssil Harpoon é projetado, basicamente, para uso contra navios.
O modelo solicitado pelo Brasil (AGM-84L) é específico para o lançamento de aviões e, na versão Block II, inclui sistemas de navegação inercial.
Esses mísseis seriam utilizados com os aviões P-3 Orion da Força Aérea Brasileira (FAB) para patrulha marítima.
A modernização da capacidade combativa dos P-3 será essencial para os esforços brasileiros "contra o crime organizado transnacional, segurança de fronteiras marítimas e proteção de ativos offshore" tais como "infraestrutura de energia", acrescentou o Pentágono.
O Congresso americano tem agora 30 dias para decidir se fará alguma objeção à transação.
De acordo com o Pentágono, "a proposta de venda destes equipamentos e seu suporte não altera o equilíbrio militar básico da região" ou terá "impacto adverso" na capacidade americana de resposta.
O anúncio oficial da intenção do Pentágono de vender os mísseis ao Brasil foi apresentado ao Congresso pela Agência de Cooperação para Defesa e Segurança, órgão encarregado da tramitação da venda de armamentos a outros países.
Em dezembro passado, o Brasil deu um enorme passo no processo de modernização de sua capacidade militar ao anunciar a compra de caças suecos Gripen NG, da sueca Saab, que venceu a disputa com o francês Rafale (Dassault) e o americano F/A-18 Super Hornet (Boeing).
No mês passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, revelou que o Brasil tem planos para construir um porta-aviões, possivelmente em associação com algum fabricante estrangeiro.
Texto do Documento da DSCA Brasil – AGM-84L Harpoon Block II Defense Security Cooperation Agency; May 6, 2014 WASHINGTON — O Departamento de Estado aprovou a possível venda através do Sistema Foreign Military Sale ao Brasil do sistemade mísseis AGM-84L Harpoon Block II e os equipamentos associados e peças de reposição, treinamento e apoio logístico em um custo estimado de U$169 milhões. A Defense Security Cooperation Agency (DSCA) enviou a notificação da possível venda ao Congresso Americano em 06 Maio 2014. O Governo do Brasil requereu a possível venda de 16 AGM-84L Harpoon Block II Missiles, 4 CATM-84L Harpoon Block II Captive Air Training Missiles, containers, peças de reposição e equipamentos de teste e apoio, publicações técnicas, treinamento do pessoal e equipamento de treinamento, U.S. Government e assistência técnica de representantes do contratista,serviços de engenharia e logística,e outros elementos de apoio logístico. O custo estimado é de U$169 milhões de dólares. A venda proposta contribuirá para a Política Externa e a Segurança Nacional dos Estados Unido e ajudará a aperfeiçoar a Segurança do Brasil, a qual tem sido e continua a ser uma importante força na estabilidade regional e progresso econômico da América do Sul (which has been, and continues to be, an important force for regional stability and economic progress in South America.). A Força Aérea Brasileira (FAB), em um continuo processo de modernização e aperfeiçoamento de sua capacidade Anti-Surface Warfare (ASW), nas suas aeronaves P-3AM. A modernização aumentará as capacidades dos P-3AM Orion da FAB em suas missões “Counter-Transnational Organized Crime efforts, maritime border security, and protection of off-shore assets (fisheries, energy infrastructure, etc)”. A venda proposta destes equipamentos não e seu apoio não alterará o Balanço Militar na Região. os principais contratistas são: The Boeing Company, St. Louis, Missouri,e a Delex Systems Incorporated, Vienna, Virgínia. Não há acordos de contrapartidas econômicas conhecidas associadas a esta venda. A implementação desta venda não requererá o deslocamento de representantes do Governo Americano ou contratistas no Brasil. Não haverá impacto adverso na prontidão dos Estados Unidos como impacto desta venda Esta notificação de uma possível venda é requirida por lei e não significa que a venda tenha sido concluída. Todas as questões relacionadas a esta Foreign Military Sale devem ser direcionadas ao State Department's Bureau of Political Military Affairs, Office of Congressional and Public Affairs, pm-cpa@state.gov |