O 23º Contingente do Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT 23), que atua na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), desencadeou a operação Eclésia III, visando ao segundo turno das eleições presidenciais do Haiti.
A tropa brasileira apoiou a polícia das Nações Unidas (UNPOL) e a Polícia Nacional Haitiana (PNH) na segurança da Capital Porto Príncipe, no Sudeste e no Sul do País. Nos municípios de Jacmel e Marigot, o BRABAT fez escolta de materiais eleitorais e protegeu o aeroporto da cidade, que abrigava urnas de votação e estava sob a ameaça de manifestantes.
O Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais realizou patrulhas em Petit-Goave e Gressier, no Departamento Oeste do país. Dois pelotões da Força de Reação Rápida (QRF – sigla em inglês) ficaram prontos para atuar em casos de emergência de segurança em qualquer ponto do Haiti. “Foi um período muito conturbado, mas o BRABAT se desdobrou em toda a capital, conseguimos preservar o material que transportamos. A missão foi cumprida e o nosso Brasil foi muito bem representado pela tropa”, avaliou o comandante do Batalhão, Cel Ricardo.
A Companhia de Engenharia Brasileira de Força de Paz (BRAENGCOY) também foi empregada para facilitar o deslocamento das tropas da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o Comandante da BRAENGCOY, TC Cardoso, quatro equipes deslocaram-se para Saint Marc, Cabo Haitiano, Morne Casse e Hinche. “A nossa função era remover qualquer obstáculo que, por ventura, viesse a impedir a passagem da tropa do Chile, do Uruguai e do Peru”, informou.
Uma onda de protestos violentos, ao longo da semana, acabou pressionando as autoridades haitianas a adiarem novamente o segundo turno das eleições, que deveria ocorrer no domingo, dia 24 de janeiro. Enquanto isso, os guerreiros da paz seguem com as patrulhas diuturnamente, mantendo o ambiente seguro para a população.