O FUTURO DO LEOPARD 1A5BR NO
EXÉRCITO BRASILEIRO
Será que vale a pena uma modernização?
A Guerra na Ucrânia que já se arrasta para o seu quarto mês, com combates ininterruptos, onde a perda de carros de combate tem sido muito expressiva, mesmo que muitos estejam equipados com modernos sistemas de defesa que prometiam ampliar sua capacidade de sobrevivência nos conflitos atuais, tem demonstrado que existem mais deficiências do que soluções, mesmo que estes por parte dos russos, principalmente, estão sendo empregados com diversos erros táticos, mostrando que o uso em grande escala de armas antitanques associadas a drones e a uma artilharia que opera projetis inteligentes tem cobrado a estes veículos blindados de todos os tipos e modelos um tributo que nos faz pensar e analisar como será seu emprego para o futuro.
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No caso brasileiro em específico, vale ressaltar que os carros de combate Leopard 1A5BR, seguidos de alguns remanescentes M-60A3TTS que são a espinha dorsal da Cavalaria Blindada Brasileira com diversos outros modelos de veículos blindados em uso, como M113BR, M113A2, M-577A2 (estes sobre lagartas), Engesa EE-9 Cascavel, EE-11 Urutu, Iveco Guarani, Iveco LMV Lince -VBMT-LSR – (estes sobre rodas) são o que possuímos no momento, lembrando que não temos uma Base Industrial de Defesa que possa nos dar um grande suporte, seja numa produção em larga escala não só de veículos como de munição, como exemplos, além dos grandes problemas logísticos que nos afligem.
O Exército através de seu projeto Nova Couraça, visa ampliar a vida útil de alguns deles, seja através da compra ou a modernização dos atuais, com substituição de alguns itens e montagem local. Outros inseridos nos Projetos Estratégicos do Exército, o qual infelizmente não visa acompanhar em criar, desenvolver e produzir em grande escala armas antitanques e drones, bem como munição e canhões para carros de combate, uma vez que num passado não muito distante chegamos a produzir em grande escala alguns itens importantes como blindados sobre rodas, torres para veículos blindados com seus respectivos canhões e munições, inclusive chegando a produzir na fase de protótipos, dois Carros de Combate modernos como o Bernardini MB-3 Tamoyo III e Engesa EE-T1 Osório, sem falar em veículos blindados sobre rodas 6×6 como Engesa EE-18 Sucuri II equipados em sua maioria com canhões 105 mm e um deles com canhão 120 mm, visando o mercado interno e externo, mas que por falta de visão estratégica e compreensão em alguns casos de seu uso,.
As correntes na torre é uma idéia incorporada da experiência israelense
Somado a eterna falta de recursos não foram adiante, voltando novamente a importar excedentes usados da Europa e Estados Unidos e mais uma vez estamos a repotencialos para estender sua vida útil para os próximos 15 a 20 anos como fizemos no passado onde o Carro de Combate Médio M-41 Walker-Bulldog ficou por 50 anos como o principal no Exército Brasileiro, desde sua versão original até uma versão epotenciada por aqui, o mesmo ocorrendo com o M-113 que já se encontra com 57 anos de uso, desde sua verão original até os repotenciados localmente.
Agora após a última edição da feira francesa EUROSATORY 2022 (13 a 17 de junho) ocorrida em Paris, onde foram apresentados as últimas novidades em termos de carros de combate e uma variada gama de veículos blindados, dentre um universo de equipamentos militares em geral, surge uma “oportunidade” desenvolvida e oferecida pela empresa belga John Cockerill com sua torre modelo 3105 equipada com canhão 105 mm acoplada em um Leopard 1A5BE dos modelos usados pelo Exército Belga, dos quais o Brasil adquiriu em 1994 inicialmente 64 unidades que mais tarde chegou a 128, empregados até 2009 e ali exibido para o público com a designação de Leopard Medium Tank 3105.
Torre Cockerill 3105 exposta noo stand da empresa na EUROSATORY 2022
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