Um exercício no Campo de Instrução de Formosa, no Forte Santa Bárbara, em Goiás, marca o encerramento do Curso Básico de Guerra Eletrônica para oficiais das Forças Armadas, organizado e conduzido pelo Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE), localizado na capital federal. No total, nove militares, sendo sete do Exército, um da Marinha e um da Aeronáutica, concluem este mês a formação que soma 24 semanas.
Iniciado em fevereiro deste ano, a preparação dos militares envolve duas fases: a primeira, de oito semanas, é realizada a distância; e a segunda, presencial, tem a duração de 16 semanas. Nesse período, os alunos cursam disciplinas como Fundamentos, Análise e Emprego da Guerra Eletrônica, Inteligência e Idiomas Estrangeiros.
O Tenente Thyago Henrique Almeida Simões, instrutor do CIGE, explica por que os alunos realizam a atividade no terreno ao término do curso: “durante o exercício, eles têm a oportunidade de colocar em prática tudo o que aprenderam em ambiente escolar. Com o exercício em campo, eles sentem as dificuldades, precisam se adaptar às novas situações e problemas diversos, o que é difícil simular em laboratório”.
A atividade final envolve mais de 70 militares de diferentes quartéis e conta, até mesmo, com o apoio da aeronave R99, que auxilia a captura de informações do terreno. Distribuídos em seis pontos diferentes, em um terreno isolado em Formosa (GO), alunos e instrutores trabalham com equipamentos modernos de radiofrequência.
O Tenente Kaleb Duarte Costa, do 2º Grupo de Defesa Antiaérea, localizado em Manaus (AM), é o único integrante da Força Aérea Brasileira (FAB) nessa turma de formação. Kaleb destacou a importância que os conhecimentos terão para o desempenho de suas atividades: “o curso abriu os meus olhos para a importância da Arma de Comunicações dentro da FAB, na utilização da artilharia antiaérea”.
O Comandante do CIGE, Coronel Luís Carlos Soares de Sousa, ressalta a importância de militares capacitados. “Nosso profissional é preparado para assessorar e criar estruturas para salvaguardar nossos meios de comunicações, para preservar os nossos sistemas. A nossa grande preocupação hoje é a proteção e, para isso, não há dúvidas que ele precisa saber lidar com as ferramentas de ataque, entender as funcionalidades e o impacto delas no sistema corporativo para que a gente possa montar uma estrutura e gerar uma segurança”, enfatizou.
O comandante completa, ainda, que os militares saem capacitados a operar os sistemas de comunicações do Exército Brasileiro, particularmente o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). Destaca que a formação visa “permitir que toda estrutura de comunicações tenha o máximo de segurança possível, ter o entendimento do potencial dos nossos equipamentos, explorando, em sua totalidade, nossos materiais”.
Fotos: S Ten Edmilson (CCOMSEx) / 3º Sgt Miguel (CIGE)