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No RJ, exercício simulado validará procedimentos DBQRN

Ten Raquel Alves


A Base Aérea dos Afonsos (BAAF), no Rio de Janeiro (RJ), sediará nesta quarta-feira (27/04), a simulação de um cenário de incidente químico durante uma competição esportiva. O foco deste exercício é validar os protocolos DBQRN (sigla para defesa química, biológica, radiológica ou nuclear) da nota técnica conjunta emitida pelos ministérios da Defesa, Saúde e Ciência, Tecnologia e Inovação.

Os procedimentos poderão ser utilizados no caso de uma contaminação durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Além de militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira, o Exercício de Evacuação Aeromédica envolve o Ministério da Saúde,o Ministério da Defesa, o Corpo de Bombeiros do Rio e Janeiro e outras instituições.

“Estamos treinando há muito tempo. Este é mais um exercício conjunto. Não é o primeiro, nem será o último”, explica a Diretor do Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE), Coronel Médica Katia Mello e Alvim. De acordo com a diretora, as instituições envolvidas já estão muito bem treinadas sobre suas funções. O exercício conjunto é um mecanismo para integrar as instituições. “Vamos verificar se as transições estão bem azeitadas”, complementa.

Uma das etapas é que, a partir da situação proposta no simulado, as agências envolvidas discutam suas capacidades e proponham qual a melhor forma de utilizá-las, a fim de preservar a integridade física das eventuais vítimas. Depois do estudo da situação, será realizada a atividade prática. As vítimas serão removidas em aeronaves da Força Aérea Brasileira (H-36 Caracal, C-105 Amazonas e C-130 Hércules) para as unidades de saúde especializadas nesse tipo de atendimento.

“A atuação na chamada ‘zona quente’, que é a área contaminada, é essencial para testarmos nossa capacidade de pronta resposta e aperfeiçoarmos continuamente nosso procedimento de atuação interagências”, explica o assessor de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) do Ministério da Defesa, coronel Chamon De Lamare.

Outra importância da atividade, segundo o coronel, é a etapa pós-evacuação, que envolve a descontaminação da aeronave e da tripulação envolvida no resgate. Esse tipo de atuação interagências foi testado na prática em novembro do ano passado, quando as Forças Armadas atuaram no transporte de um paciente com suspeita de ebola.

Certificação – A Força Aérea Brasileira finalizou a certificação dos trajes utilizados por pilotos e tripulação de voo em casos de ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, conhecidas pela sigla QBRN.

O traje especial é fabricado na Alemanha e tem características de isolamento para proteção dos militares. É composto por luvas, sobrebute (proteção que vai acima do calçado), macacão e máscara. Essa última possui um microfone para facilitar a comunicação através da fonia do avião.

Os equipamentos foram utilizados por pilotos e engenheiros de prova do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV). A função deles é checar todos os movimentos operacionais realizados pelo piloto da aeronave e ver se o traje não vai atrapalhar durante as operações. São realizados diversos movimentos, que vão desde inspeção externa da aeronave até a movimentação da cabeça na cabine em casos de voo em ambiente noturno.

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