Nyelder Rodrigues
Desde o fim da tarde desta sexta-feira (14) 390 militares do Exército Brasileiro realizam em Campo Grande uma operação em busca de armamentos ilegais e explosivos que possam ser usados em ações criminosas. Por enquanto, os locais alvo da ação são bairros da região sul da cidade.
Conforme o apurado, já foram visitados Jardim Nhanhá, Marcos Roberto, Vila Piratininga, Guanandi e Taveirópolis, locais onde são costumeiras as ações de traficantes, que são os principais suspeitos de portar as armas ilegais. A fiscalização envolve blitze e abordagens diversas.
Segundo nota enviada pela assessoria de comunicação do CMO (Comando Militar do Oeste), a operação é realizada em conjunto com a PM (Polícia Militar) e a Polícia Civil. "Esta operação está sendo deflagrada com base em denúncias recebidas em operações de inteligência desenvolvidas pelo CMO", informa o Exército.
De acordo com o major Marcelo Machado, as informações surgiram na Operação Àgata, realizada há 15 dias na fronteira, sendo tratadas em conjunto com os serviços de inteligência da polícia.
"A denúncia era de que armas e explosivos estariam a caminho de Campo Grande, então resolvemos deflagrar a operação nesse fim de semana, de Semana Santa, para evitar transtornos à cidade", explica o major, que antecipa que o CMO não irá realizar um balanço final da operação por se tratar de material controlado em sigilo.
Não há prazo para que a operação se encerre. Vários moradores foram surpreendidos com o trabalho dos militares, que fazem os deslocamentos mais longos em pelo caminhões e os mais curtos à pé, com todos soldados armados com fuzis.
Furto à oficial – Junto a deflagração da operação, também surgiu a informação de que houve um furto na casa de um oficial de alta patente do Exército, invadida por ladrões, na Vila Militar, e uma pistola 9 mm levada pelos bandidos.
O caso teria acontecido na noite de quinta-feira (13). Entretanto, ao ser questionado pela reportagem se um roubo de armamento militar foi o que motivou a operação, major Machado negou tal informação.
A fiscalização, com apoio da PM (Polícia Militar) e da Polícia Civil, é consequência da Operação Àgata, realizada há 15 dias na fronteira. “A denúncia era de que armas e explosivos estariam a caminho de Campo Grande. Então, resolvemos deflagrar o trabalho no feriadão de Semana Santa, para evitar transtornos à cidade”, explicou anteontem o major Marcelo Machado ao Campo Grande News.
Neste domingo, ele afirmou que nenhum balanço da operação será divulgado, justamente porque as apreensões, se aconteceram, são de produtos controlados. “Mas a operação ainda não terminou. Continuaremos fazendo ações mais pontuais agora”.