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MOUT – General Enzo: Exército pode voltar a atuar no Rio

Luciano Pádua


O comandante-geral do exército brasileiro, General Enzo Martins Peri, confirmou nesta segunda-feira (27) que, caso seja necessário, o exército ficará à disposição do governo do Rio para auxiliar nos grandes eventos que a cidade sediará nos próximos anos.

“Nas condições aqui no Rio, nas quais o governador solicitou à presidência da República, e sendo autorizado por ela, não há dúvida (que o exército atuará). Estaremos onde for o caso e onde for necessário, cumprindo as condições que a constituição estabelece”, afirmou o general, em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) que lembrou o Dia do Soldado.

Segundo o comandante-geral, as Medidas Provisórias 572 e 573 aprovaram uma abertura de crédito extraordinário para a entidade. Somadas as duas MPs, os recursos ultrapassam R$ 1,7 bilhão para a compra de novos equipamentos.

“Na MP 572, de 380 milhões, foram adquiridas cerca de 1.200 viaturas, que serão recebidas até o fim do ano. Na MP 573, em uma parte, já foi assinada a aquisição de 86 veículos Guarani (blindado utilizado para transporte de pessoal). A outra parte está em processo de aquisição, na maioria caminhões, que serão fabricados no ano que vem. Está tudo sendo providenciado. Vai ser um reforço alentador para o exército brasileiro”.

Copa do mundo e Olimpíadas

O atual comandante do Comando Militar do Leste (CML), Adriano Pereira Júnior, no cargo há dois anos e quatro meses, passará a chefia do CML ao general Francisco Carlos Modesto na próxima quinta-feira (30). Pereira coordenou as operações da Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) e a Força de Pacificação que ocupou os complexos de favelas da Penha e do Alemão. Ele chefiará, no Ministério da Defesa, a parte ligada à logísticado Estado Maior.

"O principal motivo de tudo ter dado certo foi a parceria entre Exército, Marinha e Força Aérea, mais as Polícias Militar, Civil, Federal, a Guarda Muncipal e a CET-Rio", destacou Pereira. "A ONU considerou que, nos últimos anos, entre as últimas reuniões de cúpula, a Rio+20 foi a que apresentou a melhor logística e a melhor segurança. A Embratur fez uma enquete e a segurança teve índice de quase 100%. Demos uma demonstração para o mundo de que estamos prontos não só para a Rio+20, como para a Copa do Mundo e as Olimpíadas".

O general Modesto corroborou a posição do comandante-geral do exército sobre a atuação das forças militares nos grandes eventos que acontecerão no Rio. "O exército brasileiro, cumprindo determinações da presidência, estará sempre pronto para colaborar na manutenção da segurança naquilo que for necessário", disse, sem revelar se já há algum planejamento de ações durante os grandes eventos.

"Salvação"

Apesar do clima ameno do evento, o presidente da ACRJ, Antenor Leal de Barros, fez considerações sobre a importâncias das Forças Armadas para salvar "o país das trevas", referindo-se a uma possível revolução comunista.

“Foram as Forças Armadas que salvaram este país das trevas. As trevas do fim da liberdade, para se ler o que se quer, de andar de um lugar para o outro. Devemos ao exército e às Forças Armadas as liberdades que hoje dispomos. Se algum excesso foi cometido, o perdão foi dado a todos”, concluiu Barros.

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