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Ministro da Defesa reforça que FAB combata aviões suspeitos: “vai levar tiro”

Eliete Marques

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, ressaltou nesta quarta-feira (5) que a Força Áérea Brasileira (FAB) vai combater qualquer avião suspeito que invadir o espaço aéreo brasileiro. “Nós não admitimos criminosos que queiram trazer drogas e armas às famílias brasileiras.

Se não obedecer as ordens da defesa aérea, vai levar tiro de detenção”, frisou Jungmann durante visita em Vilhena (RO). No último domingo (2), o programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou imagens de um caça da FAB atirando contra um avião suspeito na região de fronteira.

A visita a Rondônia foi feita para ressaltar a Operação Ostium, que foi deflagrada no último mês de março e segue por todo o ano com o objetivo de reforçar a vigilância aérea sobre a região de fronteira e combater voos irregulares.

Segundo o ministro, a operação cobre toda a fronteira brasileira, que vai do Rio Grande do Sul (RS) até o Amapá (AP). Foi observado, através de dados, que a fronteira entre Bolívia e Paraguai é onde mais acontecem voos desconhecidos.

“Nós temos a maior operação da Força Aérea Brasileira desde a Segunda Guerra Mundial. Só nas fronteiras com Bolívia e Paraguai nós temos um efetivo de 800 homens e mulheres mobilizados e temos mais de 30 aeronaves.

Entre a fronteira da Bolívia e do Paraguai, desde que a Ostium começou, houve uma queda de 80% dos voos desconhecidos”, enfatizou. Conforme Jungmann, durante a operação já foram realizadas três apreensões em aviões, entre elas, os mais de 600 quilos de cocaína em Jussara (GO).

“A nossa determinação é de que o criminoso identificado cumpra as ordens e aterrisse. Se não, nós não vamos vacilar e vamos disparar o tiro de detenção”, salienta.

Domínio de satélite Durante visita em Vilhena, o ministro aproveitou para testar às operações do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD).

Conforme a corporação, a partir de agora esse satélite vai ser controlado pela FAB, diretamente de Brasília (DF).

Segundo a FAB, esse controle permite uma comunicação criptografada na vigilância do espaço aéreo do país. Para fazer o lançamento utilizando a banda X do satélite, o ministro realizou uma videconferência da base de Vilhena com o Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), que fica no DF.

Na ocasião, Raul Jungmann ressaltou que essa mudança é um fato histórico para a comunicação no Brasil. Abordagem de aeronaves O ministro explica que os radares estabelecem corredores, que é uma espécie de uma via aérea.

Se a aeronave não passa pela via, um Super Tucano sobe imediatamente e entra em contato, mandando que ela desça em um aeroporto pré-determinado. Caso o piloto não obedeça, é disparado um tiro de advertência para que ele obedeça e siga o Super Tucano.

“Se mesmo assim ele recusar todas as ordens da defesa aérea, e permanecer, ele vai levar tiro de detenção, porque é isso que manda a Lei do Abate, e isso que nós vamos cumprir sem vacilação. Nós não vamos dar mole com criminoso”, conclui.

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