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Lages comemora os 50 anos da realização da Operação Passo do Socorro

Nota DefesaNet

Incluído vídeo 22 Outubro 2015

O Editor

Nos dias 15 e 16 de outubro, ocorreu a solenidade em comemoração aos 50 anos da Operação Passo do Socorro, realizada na divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, às margens da BR 116, em 1965, considerada uma das mais complexas operações de transposição de curso d’água em tempos de paz.

Participaram da cerimônia o Chefe do Departamento de Engenharia e Construção, General-de-Exército Joaquim Maia Brandão Junior; o Comandante Militar do Sul, General-de-Exército Antônio Hamilton Martins Mourão; o Comandante da 5ª Divisão de Exército, General-de-Divisão Luiz Felipe Kraemer Carbonell; e oficiais-generais da ativa e da reserva.

A atividade alusiva aos 50 anos da Operação Passo do Socorro reuniu novamente todos os Batalhões de Engenharia que tiveram participação efetiva na Operação real e foi coordenada pelo 4º Grupamento de Engenharia de Construção.

Durante a cerimônia, foi inaugurado o monumento aos heróis do Passo do Socorro, que simboliza a resistência à turbulência das águas e os obstáculos encontrados pelos engenheiros, além de homenagear, não somente aqueles que viveram tão difícil situação, como também o Soldado Jaime Couto Sírio, que tombou no cumprimento de sua missão.

Na oportunidade, foi entregue, pelo Comandante do 4º Grupamento de Engenharia, à Sra Jussara Terezinha Rodrigues Sírio, viúva do Soldado Jaime Couto Sírio, a Bandeira do Brasil.


O que foi a Operação Passo do Socorro

Em 18 de agosto de 1965 foi realizada a Operação Passo do Socorro, na qual o Exército Brasileiro proveu apoio à região e aos moradores, no restabelecimento da ligação rodoviária entre o Rio Grande do Sul e os demais Estados brasileiros, pela BR 116.

O Rio Pelotas, na Serra Geral, município de Bom Jardim da Serra (SC), situado a mais de mil metros de altitude, chega à divisa do Estado de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul e junta-se com o Rio Canoas para formar o Rio Uruguai. Por sua geografia, é propício para a formação de grandes corredeiras e de enchentes repentinas, características que, aliadas à força da natureza, levaram o Exército a desencadear a mais complexa operação de transposição de curso d`água da história da Engenharia Militar, em tempos de paz.

Devido a chuvas torrenciais que assolaram a região por vários dias, uma enchente destruiu a velha ponte, construída na década de trinta, e a nova Ponte Engenheiro Noronha, recém-inaugurada. Esse desastre isolou o Rio Grande do Sul das demais regiões do País, instalando o caos na região.

Imediatamente, deslocaram-se para Passo do Socorro os Batalhões de Engenharia sediados na Região Sul, iniciando uma intensa operação. Após árduo trabalho, foi, então, montada, sobre o leito do rio, uma ponte de equipagem flutuante B4A1 e o tráfego foi normalizado. Durante os trabalhos, o Soldado Jaime Couto Sírio veio a falecer, enquanto realizava a travessia do rio para a colocação de um cabo de aço.

No entanto, esse esforço todo não durou muito, pois nova enxurrada fez com que as águas do Rio Pelotas subissem novamente, levando rio abaixo a ponte recém-lançada. Com o agravamento da situação, do 3º Batalhão de Engenharia de Combate, de Cachoeira do Sul, e do 5º Batalhão de Engenharia de Combate, de Porto União, ignorando o frio intenso e a chuva, iniciaram a montagem de mais duas pontes flutuantes, em poucos dias, a fim de restabelecer outra vez o tráfego na rodovia.

Além disso, foi lançada, ainda, para prevenir novos infortúnios, uma ponte Bailey sobre os pilares da Ponte Engenheiro Noronha, que permaneceu no teatro de operações até setembro de 1966, quando a ponte definitiva foi entregue à população.

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