O Plano de Apoio Conjunto Inova Aerodefesa vai beneficiar mais de 60 projetos de empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), com recursos não-reembolsáveis que podem chegar a até R$ 291 milhões.
Fruto de uma parceria entre o Ministério da Defesa, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), o plano foi criado para impulsionar a produtividade do setor, por meio de incentivo financeiro para o desenvolvimento de novas tecnologias. Além de gerar avanço cientifico, os produtos, criados a partir desse upgrade tecnológico, serão usados em ações estratégicas para a Defesa Nacional.
O balanço dos projetos pré-selecionados, bem como os avanços e próximos desafios do Inova Aerodefesa, foram debatidos, nesta semana, durante encontro que reuniu representantes dos órgãos envolvidos. Para o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, general Aderico Mattioli, o plano possibilitou que fosse feito um diagnostico completo do setor, não apenas sob a ótica dos interesses da Defesa, como também do ponto de vista da viabilidade econômica dos projetos.
“O principal disso tudo é o nível de discussão que hoje nós conseguimos atingir, que ultrapassa o universo da Defesa”, avaliou o general.
Entre os projetos que receberão recursos do governo estão equipamentos de comunicações submarinas, radares, sistemas associados a microssatélites, além de produtos de comando e controle e sistemas de segurança e de vigilância. A maioria deles reúne em sua composição tecnologias que o Brasil, até pouco tempo, precisava comprar de outros países, mas que passaram a ser desenvolvidos em território nacional graças a iniciativas de fomento para a indústria de defesa.
“Todas as linhas do edital receberam uma demanda qualificada de projetos”, explicou o gerente do Departamento das Indústrias Aeroespaciais da Finep, William Respondevesk.
Para o engenheiro da área industrial do BNDES, Sergio Schmitt, o Inova Aerodefesa foi importante também para que o banco passasse a conhecer melhor o setor e seu potencial para o desenvolvimento do país.
“Não tínhamos muitos projetos no setor de defesa e, agora, essa passa a ser uma nova área de interesse. Os projetos apoiados são de grande importância porque são produtos e tecnologias que, até então, o país não tinha autonomia de fabricação”, ressaltou.