Major Monteiro
Militares do Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE), ministraram o Curso de Capacitação em Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (CC-DQBRN), entre os dias 26 e 30 de outubro para 18 militares, entre oficiais e graduados, pertencentes a diversas Unidades da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo o coordenador geral do curso, Tenente Marcos Paulo de Sousa, o CC-DQBRN é uma oportunidade ímpar para que os integrantes das mais diversas especialidades e Organizações Militares da FAB possam ter contato com uma área de suma importância para o País. "Os profissionais são treinados com a finalidade de cumprirem sua missão de forma concreta e fundamentada, aplicando todo conhecimento adquirido, sempre que houver necessidade", relatou.
Nos treinamentos, os alunos recebem instruções das bases que norteiam uma ação QBRN, desde a utilização de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), perpassando pela descontaminação de aeronaves e de pessoal, ações de controle, detecção e terminando com um simulado, onde passam por um momento de dificuldade, mobilização e tomada de decisões. Nessa linha de pensamento, procurou-se aproximar todo o processo, que envolveu a descontaminação de pessoal e de aeronave, da experiência real vivida pelos militares do IMAE, quando atuaram na missão Ebola em 2015.
O corpo docente contou não só com os militares do efetivo do IMAE especializados na área, mas também, com de outras Organizações Militares, como Subseção de Prevenção de Contraincêndio (SPCI) da Base Aérea dos Afonsos (BAAF), a Escola de Instrução Especializada do Exército (EsIE) e o 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (1º Btl DQBRN).
Para a Tenente Tatiana Mitchell, uma das discentes, o CC-DQBRN foi extremamente proveitoso e forneceu, aos participantes do curso, ferramentas necessárias, inclusive frente ao enfrentamento da atual pandemia. “Após essa experiência, ficarei ainda mais atenta aos “riscos” biológicos, na minha área de saúde, dentro e fora do hospital”, concluiu.
Para o Aspirante Thiago da Silva Guimarães, o curso proporcionou conhecimentos práticos sobre o assunto, com o material didático e equipamentos que simulavam uma situação real. “Foi muito importante para meu dia a dia. Sou intensivista do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), já tinha noção de paramentação e já usava Tyvek, depois do curso, sinto-me mais capacitado e mais seguro no combate à Pandemia", proferiu.
Fotos: Sargento Gisele/IMAE