"Ser patrulheiro é um orgulho”, afirma o Coronel Aviador Reformado Januário Sawczuk. Ele foi um dos quatro Oficiais homenageados com a Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura durante a cerimônia militar realizada nessa segunda-feira (26/05) na Base Aérea de Salvador para celebrar o dia da Aviação de Patrulha.
O evento, presidido pelo Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, contou com a presença dos Oficiais-Generais do Alto-Comando e de diversas autoridades.
Além da medalha Mérito Operacional, foi feita a entrega do troféu Eficiência para os pilotos e tripulantes que se destacaram na unidade aérea de patrulha. Foram homenageados ainda o Patrono da Aviação de Patrulha, Major-Brigadeiro do Ar Dionysio Cerqueira de Taunay, e o Major-Brigadeiro do Ar Oswaldo Terra de Faria pelo trabalho realizado na Força Aérea Brasileira e pelo desenvolvimento da aviação de patrulha.
No final do evento, os patrulheiros da reserva e da ativa desfilaram ao som da canção “Aviação Embarcada”. “O sentimento que nós vemos aqui nesse desfile é o mesmo sentimento que o pessoal tinha no início da Força Aérea Brasileira”, relatou o Coronel Sawczuk.
Segunda Força Aérea
O evento foi organizado pela Segunda Força Aérea (II FAE). Sediada no Rio de Janeiro, a instituição tem sob seu comando a aviação de patrulha, de asas rotativas, de busca e salvamento, além do esquadrão aeroterrestre de busca e salvamento (PARA-SAR).
De acordo com o Comandante da II FAE, Brigadeiro do Ar Carlos José Rodrigues de Alencastro, a patrulha possui a importante missão de manter a vigilância do espaço aéreo brasileiro sobre o oceano. “A aviação de patrulha é fundamental para o país desde a Segunda Guerra Mundial quando começou a atuar no nosso litoral. Hoje em dia, com o pré-sal, essa missão aumentou de importância e a patrulha exerce a vigilância em toda a nossa costa identificando navios que porventura estejam praticando algum tipo de ilícito”, afirmou.
Três unidades aéreas compõem a aviação de patrulha: o esquadrão Orungan (1°/7° GAV), sediado em Salvador (BA); o esquadrão Phoenix (2°/7° GAV), sediado em Florianópolis (SC); e o esquadrão Netuno (3°/7° GAV), sediado em Belém (PA). O esquadrão Orugan opera a aeronave P-3 AM Orion, que com modernos radares pode voar por até cerca de 16 horas ininterruptas. Já os esquadrões Phoenix e Netuno operam as aeronaves P-95 Bandeirulha, que estão em processo de modernização.
Segundo o Brigadeiro Alencastro, a implantação das aeronaves é o desafio da II FAE e já está sendo vencido. “O P-3 AM, aeronave de ponta no mundo inteiro, já está implantado na Força Aérea Brasileira. E agora, estamos no processo de modernização dos P-95 Bandeirulha. Começaremos a receber os modelos a partir do mês de janeiro do próximo ano”, finalizou.