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Gender Advisor é tema de treinamento na 9ª Edição do Exercícios Viking 22

Aspirante Eniele Santos

A Força Aérea Brasileira (FAB) participa, até o dia 07/04, da 9ª Edição do Exercício Viking, maior exercício multifuncional – conjunto entre as Forças Armadas (Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira) – voltado para operações de paz no mundo. Nesta edição, a ação conta com 1.750 participantes de mais de 40 países e, ao todo, 31 militares da FAB.

A última edição do Exercício Viking ocorreu em 2018 e, neste ano, destaca-se o emprego das Unidades Aéreas da FAB. É a primeira vez que os meios aéreos brasileiros estão sendo empregados nesse exercício, demonstrando a capacidade operacional, que podem ser disponibilizados para as missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

Para o treinamento foram empregadas as Aviações de Asas Rotativas, Transporte e de Caça. As quais, cada uma delas desenvolve uma missão de acordo com sua capacidade.

Além das Unidades Aéreas e reforçando o time da FAB, o evento também contou com a participação individual da Major Intendente Luanda dos Santos Bastos na função de Gender Advisor, ressaltando a importância da pauta da Agenda de Mulher, Paz e Segurança, destacada pela ONU, em todas as células de trabalho do exercício simulado e por todos os participantes da missão.

Nesse sentido, a Major Luanda destaca que os meios aéreos são bastante empregados em áreas de conflito, especialmente para realizar missões de reconhecimento, apoio logístico, transporte de tropas, evacuação aeromédica, dentre outras, de forma a conferir mais agilidade das ações, uma vez que as Unidades Aéreas proporcionam mais facilidade de se alcançar lugares em que os meios terrestres demandariam muito tempo, devido, por exemplo, às condições transitáveis precárias das vias.

Desse modo, a Major Luanda salienta que as análises com base em dados de gênero são fundamentais, para extrair diferentes pontos de vista e perspectivas de gêneros que possam contribuir para os processos de tomada de decisão e planejamentos das ações militares e civis em prol da proteção da população.

A Major acredita que o exercício trará muitos benefícios, uma vez que prepara os combatentes para reagir de forma tempestiva à diversas situações montadas exatamente como a realidade enfrentada durante as missões de paz de forma conjunta com os demais componentes da missão, civil e policial, pois o ponto focal desse treinamento está sendo a troca de informações e conhecimentos por todos os componentes. Além de ter a participação de militares de nações estrangeiras que tornam os cenários bem próximos da realidade.

Gender Advisor

A violência das guerras e a mudança do contexto global de paz e segurança fizeram com que grupos de mulheres se unissem com o intuito de fazer com que a pauta fosse incluída na agenda internacional de paz e segurança do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).

No ano 2000, a Resolução 1.325 que versa sobre Mulheres, Paz e Segurança foi aprovada, por unanimidade, pelo CSNU, reconhecendo-se assim, pela primeira vez, que as desigualdades de gênero exacerbadas durante o conflito ameaçam o estabelecimento de paz e desenvolvimento sustentáveis.  

Neste sentido, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), considera a integração da perspectiva de gênero como um dos métodos para melhorar a eficácia operacional e ajudar a fornecer a resposta mais adequada a uma crise.

E, foi assim que, em 2007, a OTAN adotou a sua primeira política sobre a implementação da Resolução 1.325; em 2010 adotou o primeiro Plano de Ação orientado para resultados da implementação da Política da OTAN/EAPC sobre Mulheres, Paz e Segurança, que é revista a cada dois anos e, por fim, em 2012, o Secretário-Geral da OTAN nomeou o primeiro Representante Especial da OTAN para Mulheres, Paz e Segurança, cargo que atualmente é ocupado por Clare Hutchinson.

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