Major Sylvia Martins
As últimas tropas brasileiras, que comporão o 26º Contingente Brasileiro (CONTBRAS) na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH), já começaram a ser enviadas ao país. Até 1º de junho, 970 militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea cumprirão a missão por mais seis meses, até o encerramento, já definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 15 de outubro deste ano.
Para finalizar a missão, são 850 militares do Batalhão Brasileiro de Infantaria de Força de Paz (BRABAT – sigla em inglês), com efetivos das três Forças, e 120 da Companhia Brasileira de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY – sigla em inglês), do Exército Brasileiro.
Em 16 de maio partiu o primeiro voo, com aproximadamente 250 militares, do aeroporto internacional de Viracopos (SP). Mais 3 voos, 22 e 27 de maio e 1º de junho completam o contingente. Quando em solo haitiano, será realizada a cerimônia de ativação do 26º CONTBRAS, com a presença de autoridades da ONU no Haiti e do Force Commander, general Ajax Porto Pinheiro.
Na solenidade do embarque do primeiro efetivo, o comandante militar do Sudeste, general João Camilo Pires de Campos, que esteve no evento, destacou o trabalho realizado, até hoje, no país caribenho. “O Brasil deixou uma marca de qualidade no Haiti, reconhecida”, afirmou.
A Marinha do Brasil integra o contingente com os Fuzileiros Navais, pertencentes ao Comando da Força de Fuzileiros de Esquadra, do Rio de Janeiro. Os militares do Exército são da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), de Caçapava (SP), e os da Força Aérea são do 4º Comando Aéreo Regional.
O BRABAT 26 tem a missão de manter um ambiente seguro e estável no Haiti, em apoio às atividades de assistência humanitária e de fortalecer as instituições nacionais haitianas. Além disso, como último Contingente Brasileiro, o batalhão terá a responsabilidade de realizar a desmobilização do pessoal e do material. Os militares deverão desmontar toda a estrutura brasileira em terras haitianas para facilitar a repatriação.
Segundo a ONU, no período que ficarão ainda no Haiti, as Forças Armadas brasileiras realizarão a passagem de função para a Missão das Nações unidas de Apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH), que permanecerá no país pelos próximos dois anos.
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