A final da Copa do Mundo de 2014 deve marcar a quebra do recorde de fluxo de aviões no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. No domingo, 13 de julho, o Galeão terá de 600 a 900 movimentos aéreos (soma de pousos e decolagens), cerca do dobro da sua média, que fica entre 400 e 450 movimentos diários. A final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, registrou 807 movimentos no aeroporto de Joanesburgo, na África do Sul.
Mesmo com a expectativa de movimento recorde, o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) garante que não haverá contratempos. "Nós estamos privilegiando o passageiro.
Nós vamos dar volume de fluxo maior para a aviação regular", afirma o Coronel Ary Rodrigues Bertolino, chefe do CGNA. A aviação geral, que inclui aeronaves particulares, deve ser atendida após os jatos de grande porte com maior número de passageiros.
O planejamento prevê que o pico de movimentação acontecerá entre 21 e 22 horas, quando 30 controladores de tráfego aéreo vão trabalhar simultaneamente e as duas pistas serão utilizadas para decolagens quase simultaneamente. "Nós esperamos realizar 60 decolagens em uma hora", explica o Coronel Bertolino.
O atual recorde de movimentos aéreos do Galeão é de 1979, época em que o aeroporto era o principal local de chegada de voos internacionais ao Brasil, posto hoje ocupado por Guarulhos, em São Paulo.
Atrasos abaixo da média
Mesmo com a Copa do Mundo, a média de atrasos no aeroportos em todo o País está menor neste ano. Em julho de 2013, o índice registrado foi de 10,6%. Neste mês, até agora, a marca está em 7,6%. O mês passado ficou com uma média de 8,5% de atrasos, conta 11,8% de junho de 2013. "Tivemos grandes eventos, grandes jogos e o que houve foi grande fluxo e todos sendo bem atendidos", comemora o Coronel Bertolino.
Para ele, além do aumento de profissionais que atua no controle de tráfego aéreo, é preciso lembrar da integração entre os órgãos envolvidos no setor aéreo.
Durante toda a Copa do Mundo, organizações ligadas ao setor aéreo, como a Aeronáutica, Secretaria de Aviação Civil (SAC), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Infraero, concessionárias de aeroportos e empresas aéreas, trabalham juntas na Sala Master do CGNA no monitoramento do fluxo de aeronaves. A partir da sala são tomadas decisões de gerenciamento em casos que envolvem não apenas o aumento de tráfego aéreo durante os jogos, mas também situações como mal tempo.