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FIDAE – Histórias Humanas


Pedro Paulo Rezende

Santiago do Chile ­— A Feria Internacional del Aire y Espacio (Fidae) não é feita apenas com expositores  milionários com estandes luxuosos e caros. Pequenas empresas trazem suas ideias em busca de novos clientes ou de sócios que podem alavancar seus projetos.

A Associação Brasileira da Indústria de Material de Defesa  (Abimde) e a Agência  Brasileira de Promoção de Exportações  e  de Investimentos (APEX) preferiu dividir o pavilhão brasileiro em pequenos estandes de quatro metros quadrados  sem levar em conta o poder econômico do associado. Desta forma, empresas como a NOVAER  e a Def!i  puderam apresentar seus produtos para militares e empresários dos cinco continentes.

No estande da NOVAER , uma grande imagem do T-Xc, o mais recente trabalho de Joseph Kovacs, que também desenhou o T-27 Tucano, chamava a atenção dos visitantes pela estrutura revolucionária do aparelho, completamente construído em fibra de carbono.

O pequeno peso do avião, apenas 200 quilos, causava espanto nos civis e militares que buscavam informação sobre o programa. Segundo Paulo Eduardo Campos, analista de marketing, já foram feitos 20 voos com o protótipo, que demonstrou bom desempenho, atingindo cerca de 200 nós com um motor a pistão de apenas 200 HP.

Em conversas com oficiais da Força Aérea Brasileira surgiu a hipótese de construção de uma versão com motor turbohélice Pratt & Whitney PT6 para substituir a frota de T-25 Universal, um treinador projetado por Kovacs  na década de 1960. Em outro corredor, a Def!i apresentava seus sistemas de simulação militar para computadores.

Além de uma caixa de areia virtual, que ajuda a projetar exercícios em campo com a reprodução fiel do terreno,  a empresa mostrou simuladores de manutenção desenvolvidos para os Leopard 1A5 do Exército Brasileiro e para manutenção de aviões leves, criado para responder a requisitos  estabelecidos pelas autoridades de aviação civil da Colômbia.

Esta preocupação de ajudar pequenas empresas também pode ser vista no Pavilhão Chileno. Formada por alunos da Universidade de Valparaíso, a Oculus Machina desenvolveu drones aéreos e terrestres para uso policial. Eles funcionam de maneira autônoma por meio de inteligência artificial e se guiam sem qualquer interferência humana. A empresa, a exemplo da NOVAER, não possui linha de montagem e trabalha como um escritório de desenvolvimento.

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