Aprimoramento operacional e troca de conhecimentos. São esses os dois principais resultados apontados pelos participantes do exercício UNITAS, realizado entre os dias 14 e 22 de novembro na costa do Brasil, entre os Estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou cerca de 200 voos envolvendo missões de defesa aérea, patrulha marítima, ataque, ataque naval, reabastecimento em voo e controle e alarme em voo, entre outras.
No treinamento de combate aéreo, caças F-5M e A-1 treinaram ao lado de aeronaves F-18 da Marinha dos Estados Unidos (US NAVY) embarcados no porta-aviões USS George Washington. Foram cerca de 150 missões só nessa área. "Nós não deixamos nada a desejar em relação a qualidade dos nossos pilotos", afirmou o Brigadeiro do Ar Fernando Almeida Riomar, Comandante da Terceira Força Aérea (III FAE).
Contando com a participação de embarcações e aeronaves das Marinhas do Brasil, Chile, Estados Unidos, México, Peru e Reino Unido, o exercício UNITAS serviu ainda para treinar a Aviação de Patrulha da FAB. Aviões P-3AM Orion e P-95 Bandeirante Patrulha realizaram treinamentos sobre o Oceano Atlântico, e militares brasileiros chegaram a voar em aeronaves das marinhas dos EUA e do Peru.
Para o Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE), Brigadeiro do Ar Roberto Ferreira Pitrez, o Brasil ganha com o exercício, pois houve ensinamentos para a Aviação de Patrulha, responsável pela proteção do litoral do País.
Vice-Ministro da Finlândia visita Departamento de Controle do Espaço Aéreo
O Vice-Ministro da Defesa da Finlândia, Arto Räty, e uma comitiva composta por empresários finlandeses da indústria de segurança e defesa conheceram o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), localizado no Rio de Janeiro, no dia 18 de novembro.
A visita teve o objetivo de estabelecer relações bilaterais entre os dois países para busca de parcerias na indústria de defesa.O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino, deu as boas vindas ao grupo e explanou sobre a estrutura de controle de tráfego aéreo e de defesa aérea brasileiros, enfatizando que, diferentemente do que ocorre em outros países, ambos sistemas se utilizam da mesma infraestrutura.
A comitiva conheceu também o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e como é realizado o trabalho das demais organizações militares que compõem o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).
“O DECEA tem uma estrutura impressionante. O que me surpreende, naturalmente, é o tamanho do País, maior do que a própria Europa. Há a área de cobertura utilizada, o sistema integrado, ao que parece, bastante eficiente; o sistema moderno que vocês operam nesse momento e toda a estrutura e recursos que vocês demonstram ter para operá-lo”, ressaltou o Vice-Ministro Arto Räty.
Atualmente, a empresa finlandesa Vaisala Oyj fornece para o DECEA sensores utilizados em equipamentos de meteorologia em todo o território brasileiro. “Essa interação é muito importante porque abre novas portas e quanto mais a gente conhece a tecnologia de outros países, melhor a gente pode decidir quais são os nossos requisitos e escolher os melhores parceiros para que a gente tenha sistemas cada vez mais robustos com a mais alta disponibilidade, que são elementos críticos para o controle de tráfego aéreo e defesa aérea nacional”, afirmou o Diretor-Geral.