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FAB quer ceder terreno em São Paulo para receber acervo do Museu da TAM

A Aeronáutica pretende doar um terreno perto do pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo (SP), para receber o acervo de aviões antigos do Museu da TAM. O museu atual suspendeu as atividades em São Carlos (SP) por causa da crise econômica e busca um público maior e novos patrocinadores para ser reaberto.

A área fica ao sul do aeroporto Campo de Marte, ao lado do hospital da Aeronáutica e perto da Avenida Olavo Fontoura. São 40 mil metros quadrados, o dobro do tamanho do museu atual. A previsão é que o espaço tenha um estacionamento para 600 veículos, além de acesso à pista de pouso de um pátio próprio para receber aviões.

O objetivo é abrir uma fundação para que a Força Aérea Brasileira (FAB) possa ceder um terreno no Campo de Marte. Segundo o brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, comandante do 4º Comando Aéreo Regional (Comar), o estatuto da fundação deve estar pronto até o final de fevereiro.

A FAB quer levar para o novo museu parte de suas antiguidades, que estão no Rio de Janeiro, e quem tiver itens em casa também vai poder colaborar. “Existem outras pessoas que têm às vezes em suas residências itens bem pequenos, que foram de Santos Dumont, ou de outro herói da nossa aviação, que poderiam também ceder”, afirmou o brigadeiro Damasceno.

A expectativa é que, além das aeronaves, o local também tenha restaurantes, cafés, lojas e área para crianças. Tudo isso para ajudar a pagar as despesas e para atrair mais visitantes.
“Hoje o entendimento político, da indústria, dos amantes da aviação e das empresas aéreas como um todo, é que haja realmente um reduto da história da aviação na maior cidade da América Latina”, disse o brigadeiro Damasceno.

História

O Museu TAM era a maior instituição de companhia aérea voltada para aviação em todo o mundo. O local foi aberto em novembro de 2006 com pouco mais de 30 aeronaves expostas e, no fim de 2008, foi fechado para ampliação.

No dia 12 de junho de 2010, o museu foi inaugurado de forma oficial com 72 aeronaves no acervo e mais de 22 mil metros quadrados. O acervo atual tem quase 90 modelos em exposição e mais 30 aguardando o trabalho de restauração.

No final de janeiro, o museu deixou de receber visitantes, mas o comunicado oficial do fechamento só foi divulgado na terça-feira (2). Uma carta assinada pelo presidente João Francisco Amaro explicou que “o museu renascerá com uma nova localização e modernizado” e que “reabrirá na grande São Paulo”.

A assessoria de imprensa da instituição afirmou que todos os funcionários que trabalhavam em São Carlos foram demitidos.

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