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FAB participa de Exercício contra ataques cibernéticos

Tenente Cristiane E  Capitão Monteiro

    A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, entre os dias 2 e 4 de junho, em Brasília (DF), do Exercício Guardião Cibernético 2.0 – um treinamento simulado de proteção a ataques cibernéticos, promovido pelo Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber).

Esta é a segunda edição do Exercício que é voltado para a proteção cibernética por meio da atuação colaborativa envolvendo as três Forças Armadas, órgãos públicos e entidades privadas dos setores elétrico, financeiro, nuclear e de telecomunicações.

A atividade utilizou o programa Simulador de Operações Cibernéticas (SIMOC), reproduzindo sistemas computacionais. A simulação envolveu gabinetes de crise das áreas de tecnologia da informação, comunicação social, jurídica e alta administração de eventos cibernéticos com impacto nas organizações.

As discussões nos gabinetes de crise demandaram ações nos níveis decisório-gerencial (gestão de crise) e técnico (resposta ao incidente).

O Comandante de Defesa Cibernética, General de Divisão Guido Amin Naves, disse que o objetivo central do Exercício é permitir a interação no sistema militar de defesa cibernética com as infraestruturas estratégicas do Brasil por meio de um cenário com problemas simulados de nível técnico e de gestão.

“O Exercício vai permitir aumentar o nível de resiliência da sociedade brasileira e do estado brasileiro em relação a ameaça cibernética, que é muito presente e atual.

Precisamos nos conduzir de maneira mais segura nesse ambiente altamente tecnológico de hoje em dia", afirmou.

No total, 214 participantes e 40 empresas e organizações públicas participaram, de forma colaborativa e integrada. Em visita ao Exercício nesta quarta-feira (03), o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira, falou da importância da troca de informações entre as instituições.

“O Exercício demonstra que não é possível trabalhar sozinho. Em função de todas as dependências que os sistemas críticos têm, não dá para atuar defendendo, ciberneticamente ou eletronicamente, os seus sistemas e não pensar no do outro.

Precisamos encontrar soluções conjuntas”, disse. O Chefe do Departamento de Gestão Estratégica do Comando de Defesa Cibernética, Brigadeiro do Ar Marco Aurélio Martins Gabriel, explicou que, em comparação com a edição anterior, foram incorporados novos setores da estrutura crítica nacional, que podem ser afetadas por ameaças cibernéticas e também destacou o trabalho interagências.

“É uma oportunidade das Forças Armadas interagirem com entidades e organizações da sociedade brasileira que fornecem uma estrutura critica tão essencial. E, ainda, de colaborar entre si, aprendendo uma com as outras, de forma a tornar o ambiente cibernético nacional mais seguro e mais protegido”, declarou.

A atividade contou com a participação de representantes dos Ministérios da Defesa, da Justiça e das Relações Exteriores, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro, da FAB, de órgãos do Governo Federal, do Banco Central do Brasil, de bancos públicos e privados, de empresas dos setores nuclear, elétrico e de telecomunicações, bem como de pesquisadores oriundos da comunidade acadêmica.

    Fotos: Soldados Wilhan Campos e T. Amorim / CECOMSAER

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