Já de olho nos Jogos Olímpicos 2016, a Força Aérea Brasileira (FAB) participou, no final de julho, do Exercício Contraterror. O treinamento, realizado no Distrito Federal e em Goiás, contou com a participação de cerca de 100 profissionais, entre militares da FAB, do Exército Brasileiro e das Forças Armadas americanas, além de agentes da Polícia Federal.
Foram realizadas simulações de situações extremas, como resgate de reféns, ataque a células terroristas e proteção de estações de metrô, espaços públicos e estádios. O objetivo foi treinar as Forças de Operações Especiais para essas situações.
Unidade de elite da FAB, o PARA-SAR participou do exercício com a meta principal de aprimorar a ação de contraterrosimo. Nos jogos olímpicos, o esquadrão será responsável por neutralizar e combater ações de terrorismo em instalações aeroportuárias e em aeronaves militares. Para isso, são treinados grupos de intervenção tática, atiradores táticos de precisão e equipes de negociação.
O Major de Infantaria Allan Godoy de Menezes Andrade, Chefe da Subseção de Operações Especiais do Comando Geral de Operações Aéreas (COMGAR), participou do exercício como observador. Segundo o militar, o treinamento foi importante para verificar se a FAB está preparada para enfrentar uma ameaça terrorista em solo brasileiro. “Em um contexto de Garantia da Lei e da Ordem ou de Defesa da Pátria, caberá à FAB, através do PARA-SAR, combater o terrorismo em áreas de interesse da Força Aérea”, explica.
O exercício foi coordenado pelo Departamento da Polícia Federal e dividido em duas partes: uma de planejamento e, outra, de execução. Nessa última, as chamadas células (do inglês, operation cell) foram responsáveis pela execução das missões de vigilância, reconhecimento, operações aeromóveis, guiamento aéreo policial e ações diretas.
O exercício contou ainda com a participação de dois helicópteros Black Hawk da 160th Special Operations Aviation Regiment (160º SOAR) e com uma unidade do 7 º Grupo de Forças Especiais dos Estados Unidos. Esse intercâmbio foi uma oportunidade para utilização de novos equipamentos, verificação das técnicas de emprego e dos procedimentos executados pelas tropas de operações especiais. Os observadores da FAB verificaram que a conduta de emprego do PARA-SAR está alinhada doutrinariamente com às outras Forças de Operações Especiais do Brasil e dos Estados Unidos.
De acordo com o Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do COMGAR, Brigadeiro de Infantaria Augusto Cesar Amaral, a participação neste exercício, na posição de observador, permitiu aos especialistas em Operações Especiais do PARA-SAR o contato direto com as técnicas, táticas e procedimentos utilizados pelas tropas de elite do Brasil e Estados Unidos no enfrentamento ao terrorismo. “Faltando pouco menos de um ano para os Jogos Olímpicos de 2016, este tipo de intercâmbio, com intensa troca de conhecimentos entre os participantes, é de suma importância para o preparo da tropa de Infantaria da Aeronáutica visando o emprego conjunto com as demais Forças Singulares e outros Órgãos Governamentais", finalizou.
Nota DefesaNet
A presença de uma aeronave americana de transporte no Aeroporto Internacional de Brasilia, chamou a atenção, mais depois que após desembarcar dois helicópteros Blackhawk, que em poucos momentos levantaram voo.
Tanto o MD como a FAB mantiveram segredo só revelado agora na nota da FAB.
O Editor
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