Ten Cristiane dos Santos e Cap Oliveira
Militares do Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE), do Esquadrão Puma (3º/8º GAV) e do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG) realizaram o curso básico de Assistência e Proteção para Participantes de Expressão Oficial Portuguesa (CBRALP I), da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
O objetivo é capacitar e treinar o efetivo para ações de resposta em eventos com agentes químicos. O curso aconteceu nos dias 21 a 25 de maio, no Rio de Janeiro, e contou com a participação de militares e civis de sete países de língua portuguesa, além da Venezuela.
Os alunos assistiram à demonstração de ação terrorista com agente químico, com ações de primeira resposta, resgate e triagem de vítimas, detecção do agente e descontaminação. O curso abrangeu, ainda, palestras e oficinas práticas sobre “Classificação e gestão médica das vítimas dos agentes de guerra química”, “Descontaminação de pessoas em operações médicas” e “Resposta multiagencial integrada a um incidente químico”.
Os instrutores do IMAE ficaram responsáveis pela instrução teórica sobre a Estrutura de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) no âmbito da Força Aérea Brasileira e pela demonstração prática de Evacuação Aeromédica de vítima contaminada, com isolamento e embarque na aeronave H-36 Caracal, do Esquadrão Puma, que simulou voo até o hospital. “Por meio do treinamento, os alunos poderão verificar aspectos de planejamento e de gestão multiagencial necessários para coordenar, de forma eficaz, a evacuação de vítimas e, assim, salvar o maior número de vidas possível”, destacou o Chefe da Subdivisão Aeromédica do IMAE, Tenente Médico Gustavo Messias Costa.
De acordo com o Tenente Aviador Jaison Lopes Garcia, comandante do helicóptero, a participação no curso tem grande importância para o Esquadrão Puma porque, além de treinar os pilotos e demais tripulantes, permite a interoperabilidade entre as forças nas missões com armas químicas. “Este treinamento é fundamental para a manutenção operacional e a integração entre as diversas equipes que atuarão em ações de resposta. A equipe médica e a tripulação precisam estar bem coesas, pois numa ocorrência real o tempo de estabilização e evacuação da vítima pode fazer toda a diferença”, ressaltou.
Prática de evacuação aeromédica de vítima |
Curso de demonstração de ação terrorista com agente químico |
Já para o Tenente Médico Moisés Bonifácio das Neves, do efetivo do HFAG e aluno do curso, o CBRALP I eleva o alto padrão atingido pelas agências brasileiras em ações de DQBRN, sobretudo da FAB. “O quadrinômio QBRN, com ênfase na parte química, requer ações conjuntas e orquestradas, além de ajustadas com o braço operacional de atendimento pré-hospitalar.
Durante esses dias, pudemos vivenciar momentos memoráveis de instrução com profissionais extremamente capacitados de nossas Forças Armadas e também das nações amigas. Posso dizer que se tratou de uma das mais importantes participações que pude representar o HFAG e sinto-me em condições de reproduzir esse conhecimento ao efetivo de minha Unidade, bem como de outras unidades de saúde no âmbito da Força Aérea”, concluiu.