Ten Cynthia Fernandes
Um caça A-29 da Força Aérea Brasileira interceptou, neste domingo (25/06), um avião bimotor matrícula PT-IIJ que transportava 500 quilos de cocaína de Mato Grosso para Goiás. Ao não cumprir as orientações apresentadas pela defesa aérea, a aeronave foi interceptada às 13h17 na região de Aragarças (GO) e pousou na região rural de Jussara (GO).
A atuação é resultado da Operação Ostium, exercício coordenado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em conjunto com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança. Inicialmente, a aeronave interceptada, que decolou da Fazenda Itamarati Norte – no município de Campo Novo do Parecis (MT) – com destino à Santo Antônio do Leverger (MT), seguiu as instruções da defesa aérea.
Mas, ao invés de pousar no aeródromo de Aragarças conforme orientação via rádio, arremeteu. O piloto da FAB novamente comandou a mudança de rota e solicitou o pouso, porém o avião interceptado não respondeu.
A partir desse momento, a aeronave foi classificada como hostil e foi realizado o tiro de aviso. A aeronave então pousou na zona rural do município de Jussara, interior de Goiás. Um helicóptero da Polícia Militar de Goiás foi acionado para buscas no local. A droga apreendida será encaminhada para a Polícia Federal em Goiânia.
Segundo o Chefe do Centro Conjunto de Operações Aérea (CCOA) do COMAE, Brigadeiro Arnaldo Silva Lima Filho, foi necessário dar um tiro de aviso depois de duas solicitações de modificação de rota não obedecidas.
A medida de persuasão não atinge a aeronave suspeita, embora apresente o poder de fogo do caça e obrigue a cumprir as normas exigidas. “É um dos últimos recursos quando a aeronave não atende as executivas da defesa aérea”, explica.
A FAB também empregou a aeronave radar E-99 para auxiliar na detecção e interceptação, com base em um trabalho conjunto de inteligência com a PF. Ainda de acordo com o Brigadeiro Arnaldo, todo o procedimento faz parte da Operação Ostium que coíbe voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico. “Estamos cumprindo a lei e vamos continuar reforçando os controles na fronteira em prazo indeterminado”, justifica.
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