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Esquadrões de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB) estão engajados na 36ª Expedição Cirúrgica e Clínica à Amazônia, realizada por médicos da ONG Expedicionários da Saúde. Desde o dia 8, profissionais da saúde realizam uma força-tarefa nas comunidades indígenas do Alto do Rio Negro. A expectativa é de que sejam realizados 2,5 mil atendimentos e 300 cirurgias, sendo que o foco é o tratamento de tracoma – doença crônica causada por bactéria, que pode levar à cegueira.
O Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo (7° ETA), de Manaus (AM), e o Esquadrão Condor (1º/2º GT), do Rio de Janeiro (RJ), estão realizando missões de transporte logístico de pessoas e equipamentos durante toda a ação social, que segue até o dia 26. O Exército Brasileiro também está dando apoio por vias terrestre e fluvial.
Segundo o gerente da subchefia de Operações do Ministério da Defesa, Coronel Júlio Cezar Pontes, esse tipo de mutirão só é possível com o apoio das Forças Armadas. “Não existem voos comerciais e nem barcos que possam ser empregados no transporte de materiais e até de pacientes”, afirma.
esta sexta-feira (18/11), uma aeronave C-99 partiu de Campinas (SP) com destino a São Gabriel da Cachoeira (AM), levando a bordo 43 profissionais de saúde. De lá, eles serão transportados para comunidades indígenas em uma aeronave menor, o C-98 Caravan da FAB, além de embarcações.
O apoio também se dará no transporte dos próprios pacientes até as estruturas de atendimento hospitalar que foram montadas nas comunidades de Iauareté, São Joaquim e Assunção do Içana. Embora as cirurgias só iniciem após a chegada das equipes que partiram de Campinas, os voos de apoio logístico estão acontecendo desde o dia 12.
Isso porque já há profissionais nos locais, realizando a triagem dos pacientes e a montagem da estrutura. Além das aeronaves C-99 e C-98, também foi empregado um C-97 Brasília para transporte de mais de meia tonelada de carga, além de um C-95 Bandeirante que será utilizado na desmobilização.