Pilotos e tripulantes do Esquadrão Puma (3º/8º GAV), localizado no Rio de janeiro (RJ), estão realizando instruções práticas no helicóptero H-36 Caracal – aeronave que deverá ser recebida pelo Esquadrão ainda em 2015. Segundo o Chefe do Estado-Maior da Segunda Força Aérea (II FAE), Coronel Aviador Eduardo Rodrigues da Silva, vão ser entregues ao Esquadrão Puma cinco unidades do helicóptero.
"A substituição da frota de H-34 Super Puma pelas novas aeronaves deve trazer um grande ganho operacional ao Esquadrão, como maior autonomia e capacidade de carga, importantes componentes aviônicos e maior capacidade de sobrevivência em ambiente de conflito, tudo para melhor atender à sociedade brasileira", explica. A II FAE é a unidade responsável, entre outras responsabilidades, pela aviação de asas rotativas na Força Aérea Brasileira (FAB).
As instruções estão sendo ministradas pelo Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), unidade que implantou o helicóptero em 2011, na Base Aérea de Belém (BABE). Os voos, que se iniciaram na primeira quinzena de junho, devem durar três semanas. Os tripulantes do Esquadrão Puma estão treinando em voos diurnos e noturnos básicos, IFR (Voo por Instrumentos), monomotor (treinamento de situações em que ocorre a pane em um dos motores), Kapoff (resgate na água) e manuseio dos recursos tecnológicos. Técnicas de manutenção e adestramento com a equipe de resgate também fazem parte da formação.
Segundo o Oficial de Operações do Esquadrão Falcão, Major Mário Jorge Siqueira Oliveira, a adaptação de pilotos e tripulantes à nova aeronave é uma forma de intercâmbio entre os dois esquadrões que objetiva o aprimoramento de conhecimentos adquiridos recentemente na FAB. “Apresentamos a doutrina criada para o ambiente amazônico, que ainda vem sendo melhorada, e compartilhamos informações e ideias com as tripulações do Puma, para o avanço do conhecimento teórico e prático sobre o H-36 Caracal na FAB”, explica.
Assim que receberem as primeiras unidades do H-36, o Esquadrão Puma deverá adequar a doutrina para a região sudeste do país. "Adaptaremos a utilização do novo helicóptero para o mar e para lugares de condições climáticas diferentes daquelas da Amazônia. É preciso estarmos preparados para problemas que possivelmente surgirão, como por exemplo, a corrosão por maresia, fato que não ocorreu ainda porque a aeronave opera apenas na região Norte do país”, ressalta o Oficial de Doutrina do Esquadrão Puma, Tenente José Antônio da Costa Vasques.