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Exército Colombiano cria Força-Tarefa de Armas Combinadas para combater novos desafios à segurança

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Santiago Wills

O Exército Nacional colombiano está formando sua primeira Força-Tarefa de Armas Combinadas para enfrentar guerras híbridas, guerra urbana e ameaças convencionais regionais, como as organizações criminosas transnacionais. O objetivo é que o Exército Colombiano deixe de ser uma instituição liderada pela infantaria e se torne uma força mais dinâmica, baseada, em parte, em conceitos usados por equipes de brigadas de combate do Chile e dos Estados Unidos.

“Ativamos uma Força-Tarefa de Armas Combinadas para que sirva de referência a todas as unidades do exército”, disse o Coronel Fernando Farfán Castro, comandante da Força-Tarefa Combinada, durante uma apresentação na Quarta Conferência de Viaturas Blindadas da América Latina realizada em Bogotá, na Colômbia, de 30 de junho a 1 de julho. “Estamos olhando para o futuro e para as capacidades das unidades terrestres.”

A força-tarefa, que atualmente treina na região norte do país, conta com viaturas blindadas de reconhecimento EE-9 Cascavel remodeladas, veículos blindados de transporte de pessoal M113A2 e viaturas blindadas EE-11 Urutu com Humvees e 32 American LAV III 8×8 recentemente adquiridos a um custo de US$ 84 milhões.

A nova unidade integra o Plano Minera do Exército Colombiano – uma iniciativa de 15 anos no valor de US$ 300 milhões que busca modernizar as Forças Armadas e prepará-las para novas operações que vão além do conflito interno do país com grupos guerrilheiros terroristas como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN).

Nova abordagem

“Não podemos nos restringir a ataque e defesa”, diz o Coronel Luis Carlos Martínez Cristancho, chefe do setor de Lições Aprendidas do Plano Minerva, um escritório encarregado de preservar o conhecimento adquirido pelo Exército da Colômbia. “Também precisamos realizar operações de manutenção da paz. Precisamos alcançar um nível diferente.”

A Força-Tarefa de Armas Combinadas representa um passo importante para atingir essa meta. É o primeiro componente do que tem sido projetado para se tornar uma Brigada de Armas Combinadas em pleno funcionamento com unidades blindadas de Infantaria, Cavalaria, Reconhecimento, Engenharia, Comunicação, e Aviação.

Nos últimos anos, a Colômbia concentrou seus recursos e bens no combate às FARC, o ELN, organizações criminosas transnacionais e gangues locais. Consequentemente, o governo não gastou muito dinheiro com sua frota de veículos blindados até recentemente, diz o General de Brigada Luis Hernando Barbosa Hernández, ex-comandante da Quarta Brigada do Exército e consultor do governo em viaturas blindadas.

O possível final do conflito com as FARC e outros grupos guerrilheiros poderia mudar as prioridades de segurança nacional do governo. Desse modo, as Forças Armadas estão se preparando para diferentes desafios de segurança pública.

Por exemplo, as viaturas blindadas móveis podem ser usadas não apenas em guerras urbanas e convencionais, mas também para combater outras ameaças, como operações de contrabando de drogas. E estão sendo mobilizadas para uma ampla gama de terrenos, de desertos até pântanos e florestas, para enfrentar as rotas do narcotráfico.

“Somos um laboratório no terreno que observa como esses veículos blindados se comportam”, diz o Coronel Farfán Castro. “E estamos tendo sucesso.”

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