De 12 a 16 de setembro, o 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (3º GAC Ap) realizou a validação do Simulador de Apoio de Fogo durante exercício de adestramento em Santa Maria.
As vantagens do uso do simulador são conhecidas: permite a repetição, a Análise Pós-ação com videos e gravações de voz, a compressão e a expansão da escala do tempo e a economia de recursos, dentre outras.
No entanto, a simulação deverá ser a imitação do combate com as abstrações do mundo real previamente estudadas, a fim de permitir o correto treinamento. Dessa forma, faz-se necessária a validação para que se tenha a certeza de que a simulação é realista, ou seja, se é o modelo certo para o fim a que se destina. Assim, uma pergunta deve ser respondida: “essa simulação é realista?”
Para tal, a organização militar uniu sua tradição à moderna tecnologia ao aplicar três tipos de processo de validação previstos no manual de Jerry Banks (Handbook of Simulation: Principles, Methodology, Advances Applications, and Practice, publicado em 2001). O primeiro processo foi o de validar o SIMAF por meio do teste de comparação, alterando dados iniciais e comparando os resultados finais alcançados.
O segundo método foi o teste de execução, no qual integrantes do SIMAF e do Regimento coletaram e analisaram dados do comportamento do simulador durante a execução dos tiros simulados. Por fim, o terceiro processo empregado foi o de trabalho de campo, no qual as variações dos tiros reais foram comparadas com as variações dos tiros simulados, igualando variáveis intangíveis como usura do tubo, lisura da granada e umidade da pólvora, e inserindo dados meteorológicos do momento do tiro real no simulador.
O resultado final foi de que os tiros simulados apresentaram comportamento bastante semelhante ao do tiro real. Uma peça de artilharia simulada possui a precisão necessária para integrar uma linha de fogo real.
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