Tenente Flávia Rocha / CECOMSAER
Com 1.400 horas de voo, foi concluído, no dia 26 de novembro, o Exercício Conjunto (EXCON) Tínia 2021. Sediado na Ala 4 – Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, desde o dia 8 de novembro, o adestramento atingiu vários recordes e foi considerado o maior treinamento operacional do ano realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).
A terceira edição do EXCON Tínia reuniu mais de 1.200 militares, 50 aeronaves e 24 Unidades Aéreas e de Infantaria, em uma simulação de guerra convencional, também chamada de guerra regular, ou seja, quando há um conflito entre forças armadas de dois países ou alianças de Nações.
Segundo o Comandante de Operações Aeroespaciais e Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida, o Exercício Tínia completou um ciclo de preparação da FAB de simulações bélicas. “Inicialmente, em Campo Grande, na Tápio, realizamos uma atividade de contrainsurgência em cooperação com a Organização das Nações Unidas [ONU].
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Depois, o Exercício Kratos, que trabalhou com Comando e Controle, adestrou militares para o planejamento e condução de Operações Aeroespaciais. E, finalmente, o Comando de Preparo conduziu o Exercício Conjunto Tínia, de guerra regular, com as unidades de caça, de transporte, dentre outras. Com essas missões complementares, o objetivo é que estejamos sempre mais preparados para o combate”, frisou.
O Comandante da Ala 4 e Diretor do Exercício, Coronel Aviador Aly Cesar Charone, ressaltou que a terceira edição do adestramento atingiu expressivas marcas de decolagens, pousos e horas de voo, com um saldo extremamente positivo. “Entendemos que o Exercício foi um sucesso, cumprimos todos os nossos objetivos de treinamento, sejam eles no Exercício Tínia, no Adestramento Meridiano – Fase Ibagé, ou na Operação Escudo Antiaéreo. Após finalizarmos, entendemos que estamos prontos, e a Força Aérea está apta para cumprir a sua missão”, declarou.
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Durante os 19 dias de treinamentos, entre os participantes estava o Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), que executou Ações de Escolta, Varredura e Defesa Aérea dentro da Tarefa do Controle do Ar. “A Escolta e Varredura basicamente se referem à proteção de aeronaves amigas ingressando em território inimigo. E a Defesa Aérea é basicamente a defesa de uma aérea dentro de território amigo”, explicou o Piloto Operacional do 1º GDA.
O Sargento Brayan Xavier Cardozo, que está se formando como mecânico de voo no Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA), comentou sobre sua experiência no EXCON. “No Exercício Tínia, tive a oportunidade de participar de uma manobra onde todos os tipos de aviações estão juntos. Isso, sem dúvida, me motiva bastante”, comentou.
Aeronaves empregadas
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Em espaço aéreo reservado, localizado nas proximidades da Base Aérea de Santa Maria, os voos foram realizados por aeronaves de diversas aviações, como os caças A-1 AMX, A-29 Super Tucano e F-5M; as aeronaves de Transporte KC-390 Millennium, C-105 Amazonas, C-130 Hércules e C-95 Bandeirante; o helicóptero H-60L Black Hawk; as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450 e RQ-900, e as aeronaves de Reconhecimento E-99. Além disso, houve o emprego dos Grupos de Defesa Antiaérea em aproveitamento do EXCON Tínia, integrando a Operação Escudo Antiaéreo, operando o sistema de míssil IGLA-S.
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Integração entre as Forças
Pela primeira vez, concomitantemente ao EXCON Tínia, ocorreu o Adestramento Conjunto Meridiano – Fase Ibagé, sob coordenação do Exército Brasileiro, e a Operação Escudo Antiaéreo, sob responsabilidade do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), ambas realizadas entre os dias 10 e 14 de novembro.
Fotos: Sargento Samuel Figueira / CECOMSAER – Vídeo: Sargento Victor Chagas / CECOMSAER – Imagens de drone: Capitão Diego Galvão Ramalho Dianezi / Ala 4