Um caça chinês fez uma interceptação "arriscada" de um avião espião dos Estados Unidos durante uma patrulha de rotina na terça-feira no espaço aéreo internacional sobre o mar do Leste da China, disse o Comando dos EUA no Pacífico, e Pequim voltou a exigir o fim dos voos de vigilância norte-americanos na região.
A interceptação envolveu dois caças de combate chineses J-10 e um avião de reconhecimento RC-135 da Força Aérea dos EUA, informou o comando em um comunicado.
"Um dos caças chineses empregou um nível de aproximação excessivo e arriscado na interceptação da aeronave RC-135. A avaliação inicial é que isto parece ser um caso de conduta aérea imprópria, já que nenhuma outra manobra provocadora ou insegura ocorreu", disse o Comando dos EUA no Pacífico, sem detalhar quão perto o caça chinês chegou do avião de seu país.
"O Departamento de Defesa está tratando do assunto com a China através dos canais diplomáticos e militares apropriados", afirmou a comunicação.
O Ministério da Defesa chinês disse ter tomado conhecimento do relato e o estar investigando.
"Julgando pelo relato, o lado norte-americano mais uma vez está exagerando deliberadamente o tema da vigilância atenta da China com aeronaves militares dos EUA", disse a pasta à Reuters em um comunicado.
Japão protesta após presença de navio chinês em águas disputadas no Mar do Leste da China
O Japão chamou seu embaixador chinês de vota nesta quinta-feira para expressar preocupação após um navio chinês navegar pela primeira vez perto do que é considerado pelo Japão como suas águas territoriais no Mar do Leste da China, aumentando tensões sobre a área disputada.
O Japão informou que uma fragata chinesa navegou pouco após a meia noite a 38 quilômetros do território contestado das ilhas conhecidas como Senkaku, no Japão, e Diayou, na China.
O vice-ministro do Exterior japonês, Akitaka Saiki, convocou o embaixador chinês em Tóquio às 2h (horário local) para "expressar uma séria preocupação", informou o governo em comunicado.
Fragatas da guarda costeira do Japão e China frequentemente passam próximo das ilhas, à medida que ambos lados as reivindicam. Até o momento, nenhum dos dois países enviou navios de guerra para águas próximas, porque tal ação só iria inflamar tensões e possivelmente acarretar em um conflito armado.
"Estamos preocupados que esta ação aumente tensões para um nível maior", disse o secretário-chefe de gabinete japonês, Yoshihide Suga, durante entrevista coletiva em Tóquio.
"Ministérios relacionados estão trabalhando juntos para lidar com isto e iremos trabalhar de perto com os Estados Unidos", disse Suga.
O Ministério da Defesa da China informou na quinta-feira que está analisando relatos de que um de seus navios navegou próximo às ilhas disputadas, acrescentando que sua Marinha possui todo direito de operar em águas chinesas.
"Navios da Marinha chinesa navegando por águas que nosso país possui jurisdição é razoável e legal. Nenhum outro país possui o direito de fazer observações sem fundamentos sobre isto", informou em comunicado enviado à Reuters.