Tenente Lemos E Major Monteiro
Entre os dias 24 de setembro e 9 de outubro, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) da Força Aérea Brasileira (FAB), a Esquadrilha da Fumaça, realizou um circuito de treinamento operacional nas cidades de Natal (RN) e Anápolis (GO), visando a manutenção da operacionalidade dos pilotos, mecânicos e equipe de apoio do EDA.
Ver a Esquadrilha da Fumaça sobrevoando uma cidade é uma cena comum aos finais de semana em todas as regiões do Brasil. É sinal de que em breve haverá uma demonstração para um grande público. Contudo, com as orientações sanitárias e de distanciamento social decorrentes da pandemia do novo Coronavírus, essa cena teve uma pausa com a suspensão temporária da agenda de demonstrações da Fumaça.
Todavia, a rotina de treinamentos do Esquadrão não sofreu alterações. Como parte desses treinamentos, tanto dos pilotos, quanto da manutenção e equipe administrativa, a Esquadrilha da Fumaça decolou no dia 24 de setembro para um circuito de treinamento operacional. O primeiro destino foi a cidade de Natal, onde está localizada a Ala 10, com escala na Base Aérea de Salvador (BASV); e, no dia 4 de outubro, partiu com destino à Anápolis (GO), Ala 2, para uma série de procedimentos fora de sede.
“Além dos voos e manutenção, que são corriqueiros para o efetivo do Esquadrão, é imprescindível manter a equipe operacional com os procedimentos que, em tempos normais, são parte da rotina para todos. Isso inclui desde todos os processos logísticos e interações com equipe de apoio, a demonstração em diferentes condições climáticas e geográficas, assim como lidar com manutenções necessárias fora de sede”, explica o Comandante do EDA, Tenente-Coronel Aviador Marcelo Franklin. “A experiência operacional é fundamental para que o desempenho das demonstrações permaneça com o elevado índice de segurança apresentado ao longo dos anos”, completa o Comandante.
Durante o período, não há demonstração prevista para o público, sendo os treinamentos realizados em áreas isoladas e distantes de áreas habitadas. Além da operacionalidade da equipe, o circuito de treinamento prevê, dentre outras, uma série de atividades para o Esquadrão, tais como treinar o perfil de demonstração ao nível do mar e também em grande altitude, que afetam o desempenho da aeronave; permitir ao piloto o treinamento de voo por instrumentos (IFR, do inglês Instrument Flight Rules), incluindo descidas IFR em outras localidades; e também realizar treinamentos previstos no Programa de Instrução e Manutenção Operacional nos simuladores de voo do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2°/5° GAV) – Esquadrão Joker, que também opera o A-29 Super Tucano e que oferece apoio logístico ao efetivo do EDA no local.
A agenda de demonstrações da Esquadrilha da Fumaça continua suspensa, sem previsão de retorno, em decorrência da pandemia provocada pela COVID-19. Para mais informações, acesse o o site do EDA e mídias sociais da Força Aérea Brasileira no Facebook, Instagram, Twitter e Youtube.
Fotos: Tenente Lemos/EDA