Tenente Emília Maria E Capitão Landenberger
A Força Aérea Brasileira realizou, na quarta-feira dia 5 de dezembro, o primeiro voo de uma aeronave pilotada por satélite. Cinco operadores e três militares de apoio do Esquadrão Hórus (1o/12o GAV), sediado em Santa Maria (RS), realizaram o voo da Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) de modelo RQ-900 na Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro (RJ).
O objetivo foi fazer o recebimento do sistema de controle via satélite daquela aeronave. O novo sistema permite pilotar a aeronave e receber as imagens dos sensores por meio de uma conexão por satélite.
Assim, a antena não aponta mais diretamente para a aeronave, mas para o satélite, que faz a ponte com a ARP, conforme explica o Oficial de Comunicação Social do Esquadrão, Capitão Aviador Lucas Gazzi Diaz. “Até hoje isso era feito somente por meio de uma antena que fica no solo, uma operação que exige linha de visada com a aeronave.
Ou seja, trazia algumas limitações de distância para a operação da aeronave, pois à medida que a distância entre a aeronave e a estação de solo aumenta, a aeronave começa a ficar abaixo do horizonte, interrompendo a linha de visada”, detalha.
A estrutura para pilotagem da Aeronave Remotamente Pilotada permanece a mesma, por meio de shelters onde ficam os operadores. “As mudanças são a instalação de uma nova antena na aeronave e outra ligada aos shelters, além de alguns equipamentos de informática, como novos modems.
Além disso, dependendo da missão, ainda poderemos operar da maneira anterior”, ressalta o Capitão. “O novo sistema aumenta muito o ganho operacional das capacidades da aviação de Reconhecimento da FAB”, completa o oficial.
Nota DefesaNet
O emprego de ARP empregando comunicações via Satélite amplia o raio operacional de observação.
Torna mais confiável a operação pois é comum operando em comunicação só por linha de visada a perda de contato com a ARP. Neste processo de comunicação se a aeronave ficar sem comunicação ela pode abortar a missão e retornar automaticamente à base. Ou em casos extremos a perda da aeronave.
O Editor