Mais de 50 militares do Esquadrão Hórus (1°/12° GAV) estão no Rio de Janeiro para participar da defesa aérea durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A unidade, sediada na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, opera aeronaves remotamente pilotadas (RPA).
Para a missão Rio 2016 serão utilizados os RPA de modelo Hermes 450, que tem capacidade para voar diurna e noturnamente e podem fazer revezamento em voo, o que permite que o esquadrão mantenha a vigilância 24 horas por dia. Eles são responsáveis pelo reconhecimento aéreo. Para isso, os operadores estudaram a geografia e os aspectos populacionais, entre outros, dos pontos de interesse.
"Nós temos condições de detectar qualquer movimentação estranha, como atitudes, objetos suspeitos, manifestações que possam atrapalhar algum comboio", explica o Capitão Aviador David Inácio Gurgel de Oliveira Junior.
O trabalho é realizado em conjunto com o Exército Brasileiro, por meio da Coordenação Geral de Defesa de Área (CGDA). Assim, as alterações, transmitidas em tempo real pelas aeronaves, servem como base para o acionamento das equipes de segurança em terra.
A operação das aeronaves do Hórus é feita a partir de shelters. Embora os pilotos de ARP não estejam sujeitos às condições físicas de um voo usual, eles acreditam que as missões exijam mais mentalmente. "Os sistemas e procedimentos de controle de tráfego, por exemplo, são os mesmos. Mas, nesse tipo de pilotagem nós temos menos consciência situacional e perspectiva, não sabemos tudo que está ocorrendo à volta do avião", diz um dos operadores.
"Participar da defesa aérea na Olimpíada é uma responsabilidade muito grande, por ser um evento de abrangência mundial. Mas estamos preparados para assessorar da melhor maneira", completa o militar.
Em Manaus, Esquadrão Pacau está em alerta no aeroporto Eduardo Gomes
Militares do Esquadrão Pacau (1°/4° GAV) estão de sobreaviso no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM). A unidade aérea irá executar ações de defesa aérea, em prol da manutenção da soberania do espaço aéreo da capital amazonense, de forma a contrapor qualquer tipo de ameaça aos eventos dos Jogos Olímpicos 2016. A unidade aérea deslocou para o aeroporto antes do primeiro jogo, no dia 04 de agosto, e após a última partida, no dia 09 de agosto, regressará para a Base Aérea de Manaus.
De acordo com o comandante do Esquadrão Pacau, Tenente-Coronel Aviador Luciano Cantuaria Pietrani, essa missão traz ganho operacional para a unidade. “O Esquadrão Pacau tem participação fundamental nos Jogos Olímpicos 2016, pois irá ajudar na segurança do evento, protegendo os céus da cidade de Manaus. O ganho operacional é enorme”, afirmou. A aeronave está equipada com mísseis e armamentos de última geração.
As atividades do Esquadrão Pacau serão realizadas em parceria com outras organizações da Força Aérea Brasileira que vão contribuir para o cumprimento da missão. “Para que uma aeronave de defesa aérea decole é necessário um trabalho sinérgico entre as diversas organizações do Sétimo Comando Aéreo Regional e de outras organizações da Força Aérea Brasileira.
O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro, o COMDABRA, é o grande responsável pelos acionamentos, porém a missão só é cumprida com o apoio do VII COMAR e da Base Aérea de Manaus”, explicou o Tenente-Coronel Pietrani. Nos últimos dias, o 1°/4° GAV realizou exercício conjunto com o Segundo Grupo de Defesa Antiaérea para aperfeiçoar o treinamento de defesa antiaérea.
Para a missão dos Jogos Olímpicos, a Unidade passou por treinamentos específicos. Além da manutenção operacional de rotina, que prevê o treinamento dos procedimentos a serem realizados nos Jogos, foram realizados voos, aulas e instruções específicas para o evento.