A divisão de aviação agrícola da Embraer encerrou o mês de janeiro com a venda de oito aviões EMB-203 Ipanema, o equivalente a um terço do total negociado durante todo o ano de 2020.
O bom resultado está sendo impulsionado pelo desempenho favorável do agronegócio brasileiro e as inovações tecnológicas incorporadas na nova versão da aeronave.
Com quase 1.500 unidades entregues, o Ipanema ocupa a liderança do segmento agrícola com 60% de participação no mercado nacional. Seu protagonismo na agricultura de precisão combina alta tecnologia e tradição de um produto que evolui continuamente para atender aos requisitos de alta produtividade e baixo custo operacional.
O Ipanema 203, o modelo mais atual da série, conta com aprimoramentos como substituição de peças da asa por outras com nova geometria e material em aço inox mais resistente. Essa solução posterga ainda mais eventuais desgastes gerados pela condição severa natural da operação no campo e despesas com manutenção ao longo dos anos.
O novo pulverizador aéreo também tem um novo design no capô do motor, com novas grades de saída de ar, garantindo maior refrigeração. Em comemoração aos 50 anos do primeiro voo do Ipanema, realizado em 1970, uma pintura alusiva à data foi criada para o pulverizador aéreo que agora sai de fábrica com uma nova identidade visual. As cores da bandeira brasileira foram as escolhidas para destacar esse projeto aeronáutico 100% nacional.
A história do Ipanema começa no fim dos anos 1960.
Quando o Ministério da Agricultura do Brasil firmou contrato com a Embraer para fabricação em série no país de uma aeronave agrícola, com o objetivo de modernizar o setor ao disponibilizar novas técnicas de produção. A aeronave surge inicialmente como um projeto de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP) e é testado pela primeira vez na Fazenda Ipanema, no município de Sorocaba (SP).
Em julho de 1970 o Ipanema fez seu primeiro voo e em 1972 começou a ser produzido comercialmente. A versão mais atual, o Ipanema 203, é movida a energia renovável (etanol) e foi certificada em 2015. Este modelo garante mais agilidade, eficiência, produtividade, além do menor custo operacional da categoria.
Com sua envergadura aumentada para 13,3 m e perfil da asa aprimorado, possibilita uma maior faixa de deposição de defensivos agrícolas, chegando a 24 metros de faixa com altíssima qualidade comprovada cientificamente e no campo. Utilizado principalmente na pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas, o Ipanema tem evitado, ao longo de todas essas décadas, perdas por amassamento na cultura e flexibilizado as operações em regiões com terrenos irregulares.
A aeronave também tem aplicação em atividades de semeadura, controle de vetores e larvas, e povoação de rios.