(Bloomberg) — A Embraer SA, maior fabricante de aviões do Brasil, estima que a demanda por jatos regionais na região Ásia-Pacífico alcançará 1.500 unidades nas próximas duas décadas. O motivo é que o crescimento econômico está incentivando mais pessoas a voar.
Somente a China deverá precisar de 900 aviões com capacidade entre 70 e 130 assentos nos próximos 20 anos, diz Paulo César de Souza e Silva, presidente da Embraer Aviação Comercial, em entrevista à Bloomberg TV em Cingapura.
"Vemos uma tremenda oportunidade", disse ele. "Toda a região Ásia-Pacífico tem muitas oportunidades com as economias crescendo e mais pessoas voando. É a região que mais vai crescer em todo o mundo".
O crescimento econômico da região Ásia-Pacífico está impulsionando a classe média, permitindo que essas pessoas gastem mais com viagens aéreas.
A expectativa é que o tráfego de passageiros na região cresça aproximadamente 5% ao ano nas próximas duas décadas e a China deverá se tornar o maior mercado mundial de viagens, de acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês).
A Embraer também tem como alvo a Índia e a Indonésia, com mais pessoas nesses países optando por voar em vez de usarem trens ou rodovias, disse Silva. Algumas rotas podem ser mais adequadas para aviões menores, os "narrow-body" (de fuselagem estreita), disse ele.