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Embraer defende ações de curto prazo para retomada econômica

João José Oliveira


A fabricante de aeronaves e empresas de segurança e defesa Embraer, vencedora no setor de Veículos e Peças da edição 2016 do anuário “Valor 1000”, considera que a grande prioridade do governo Michel Temer deve ser transformar em realidade iniciativas que facilitem a atividade produtiva e estimulem o ambiente de negócios no Brasil.

Melhoria de infraestrutura, redução da burocracia, simplificação da tributação, são medidas bem-vindas”, disse o diretor-presidente da empresa, Paulo Cesar de Souza e Silva. O executivo diz que a empresa não sofreu impacto direto da recessão brasileira, uma vez que o setor aeroespacial tem pouca relação tem com o ambiente econômico interno. Mais de 90% da receita da Embraer é obtida no exterior.

Mas o executivo pondera que indústria da aviação global tem apresentado indicadores pouco favoráveis desde o ano passado, especialmente no segmento de aviação executiva. “E não dá sinais de retomada no curto prazo” afirmou.

Nesse contexto, então, estabilidade e previsibilidade política e econômica no Brasil acabam favorecendo todas as empresas, mesmo as que — como a Embraer — dependem da demanda agregada do exterior. “O mercado aeroespacial tem como característica seus ciclos de negócios de longo prazo”, afirma Souza e Silva.

Ela aponta que a concepção de uma nova aeronave — dos primeiros estudos até a certificação final, por exemplo, leva em média de seis a oito anos. “Isso se reflete em projetos e investimentos igualmente de longo prazo, que são pouco suscetíveis a aspectos conjunturais”, disse o presidente da Embraer.

Sobre a possibilidade de que o processo de recuperação das condições de previsibilidade e estabilidade política sejam influenciadas pelas manifestações populares contrárias ao novo governo federal, Souza e Silva afirma que as manifestações populares são parte do processo democrático. “É importante que a sociedade civil tenha meios de expor suas demandas”, afirmou.

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