Na madrugada do dia 27 de maio, o Comando Conjunto Príncipe da Beira (CCj PB) desencadeou uma grande operação na região da Ponta do Abunã, como parte da Operação Verde Brasil 2. O objetivo da ação é combater os crimes ambientais praticados na região, com ênfase no desmatamento e na extração ilegal de madeira de áreas de conservação ambiental.
Na oportunidade, também foi realizado um patrulhamento na região da Terra Indígena Kaxarari. Participaram da ação cerca de 300 militares do Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Força Nacional de Segurança Pública e Polícia Militar Ambiental de Rondônia, além de 150 agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Fundação Nacional do Índio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia. Militares do 17º Pelotão de Polícia do Exército e agentes da PF realizaram um assalto aeromóvel, enquanto dois comboios montaram duas grandes bases de operações nas localidades dos distritos de Extrema e Nova Califórnia, em Rondônia.
Os comboios eram formados por frações da 17ª Companhia de Infantaria de Selva, de Porto Velho (RO) e do 4º Batalhão de Infantaria de Selva, de Rio Branco (AC). Foi estabelecida a segurança dos locais utilizados para a guarda provisória dos materiais que possam vir a ser apreendidos, bem como dos agentes federais em ações fiscalizatórias. A tropa do Exército está capacitada para prestar o apoio aos agentes ambientais na medição da madeira apreendida, na desmontagem dos equipamentos apreendidos e no transporte de todos os materiais até o depósito por eles indicados, caso seja necessário.
Nessa mesma operação, até o momento, no Acre, Rondônia e Sul do Amazonas, já foram confiscados 4.286,7 m³ de madeira, aplicadas multas que somadas ultrapassam 11 milhões de reais e apreendidas 17 motosserras e 16 armas de fogo.
As ações preventivas e repressivas contra os delitos ambientais na Operação Verde Brasil 2, coordenadas pelo Comando Conjunto Príncipe da Beira, ocorrem em um ambiente interagências e com o máximo de integração entre as instituições federais, os órgãos de segurança pública e de fiscalização, além de entidades públicas de proteção ambiental.
Tal fato, aliado ao emprego de meios logísticos aéreos e de inteligência, possibilita uma otimização de todas as capacidades envolvidas na operação. Por fim, a ação contou com a cobertura jornalística de vários veículos de comunicação de Porto Velho, que foram conduzidos ao local em helicóptero da Força Aérea Brasileira.