Luis Claudio Antunes
PortalR3
O Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército Brasileiro adquiriu novos equipamentos destinados à implementação do sistema anti-Dispositivo Explosivo Improvisado (anti-DEI), com vistas de atender às demandas operacionais e peculiares em grandes eventos.
Trata-se de dois robôs, desenvolvidos pela empresa alemã Telerob, que foram destinados ao 2º Batalhão de Engenharia de Combate (2º BE Cmb) – Batalhão Borba Gato – unidade com sede em Pindamonhangaba (SP).
O novo equipamento do sistema anti-Dispositivo Explosivo Improvisado (anti-DEI), é composto pelos robos tEODor e Telemax que vieram acompanhados de acessórios, destinando-se ao emprego em limpeza de engenhos falhados e também deverão ser usados nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Durante cinco semanas, militares foram capacitados em uma oficina no Batalhão Borba Gato e, na quinta-feira (12), uma demonstração prática mostrou para convidados e militares, tudo o que eles aprenderam e parte do que os robôs podem fazer em prol da segurança no Brasil.
2º Batalhão de Engenharia de Combate – 70 anos de história
O Batalhão Borba Gato – Unidade de Engenharia do Exército Brasileiro com sede em Pindamonhangaba (SP), completa neste domingo, dia 15 de maio, 70 anos de história. São 7 décadas de trabalho e de muita história e, abaixo, contamos um pouco dela.
Histórico
O 2º Batalhão de Engenharia de Combate foi criado pelo Decreto Reservado nº 21.134-A, de 15 de Maio de 1946, e traz consigo as tradições da Unidade Militar que o precedeu junto à antiga 2ª Divisão de Infantaria, o 5º Batalhão de Engenheiros – 1908, transferido de Cáceres-MT para São Paulo-SP, em 1919, com a denominação de 2º Batalhão de Engenharia.
Todavia, o trabalho de seus antecessores além de encerrar um brilho institucional de Força Armada, também é herdeiro do legado de bravura, arrojo e audácia dos pioneiros de nossa terra, os bandeirantes, de cujo rol emprestou-se à denominação histórica de “Batalhão Borba Gato”.
Tendo crescido em solo fertilizado pelos brasileiros que fizeram ecoar o ‘’Grito do Ipiranga”, o 2º BECmb é hoje um símbolo de presença militar em Pindamonhangaba, personificando os mesmos valores da Guarda de Honra Imperial que saindo de nossa “Vila Real” em 21 de agosto, acompanhou o Príncipe Regente até o histórico 7 de setembro de 1822.
Desde 15 de maio de 1946, são 70 anos de existência em que a Engenharia Militar de Pindamonhangaba constituiu uma ampla folha de serviços prestados à sua região.
Através de um trabalho ininterrupto e honroso, formou turmas de soldados aptos a defender a Pátria, fazendo-os desempenhar desde missões convencionais de combate até as atividades logísticas e trabalhos técnicos, envolvendo serviços especializados.
Não raro foram as ocasiões em que botes militares para transporte de tropa, aliados a passadeiras (pontes flutuantes para pedestres) e portadas (balsas), resgataram vidas e pertences, fornecendo a ajuda necessária aos flagelados. Durante calamidades, ou mesmo em treinamento, pontes de elevada capacidade foram construídas com emprego de diversos materiais em variadas situações de terreno.
Tudo o que possamos relatar traz, de algum modo, as lembranças das Unidades que nos precederam, como por exemplo o 4º Corpo de Trem, aqui instalado de 1914 a 1919, sucedido pela 2ª Companhia de Transmissões, nos anos de 1930 a 1932 , ou o 12º Regimento de Cavalaria Independente, de 1932 a 1939, que foi substituído pelo 2º Batalhão do 5º Regimento de Infantaria até 1943. Mais adiante encontramos a 1ª Companhia do 2º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria, de 1943 a 1945 e , finalmente, o 2º Batalhão de Carros de Combate Leve que em 1947 passou à Engenharia, o atual aquartelamento.
Ao completar 70 anos, o Batalhão Borba Gato é comandado pelo Coronel de Engenharia, Rogério Caum, que já havia servido na Unidade com tenente.
Patrono do Batalhão
Manuel de Borba Gato foi um dos mais célebres bandeirantes, viveu no século XVII. Era genro de Fernão Dias. Participou da grande bandeira chefiada pelo sogro e organizada com o objetivo de encontrar esmeraldas.
Fernão Dias, pressentindo que morreria,confiou a Borba Gato os destinos da expedição. Além dessa, chefiou outras bandeiras, de 1680 a 1700, vivendo praticamente nas selvas.
Seu nome está ligado ao descobrimento das minas de Sabará e ao desbravamento das terras próximas ao Rio das Velhas.
Histórico do prédio
Construção: Final do Século XIX
Tipo: Alvenaria
Estilo: Neoclássico
Inauguração do Piso Superior: 1968
A sede do Batalhão ao longo da história
Mercado Municipal (Final do Século XIX até 1914)
4º Corpo de Trem (1914 1919) Desocupado de 1920 a 1929, devido à extinção do 4º Corpo de Trem, em 1920.
2ª Companhia De Transmissões (1930-1932)
12º Regimento De Cavalaria Independente (1932-1939)
2º Batalhão do 5º Regimento de Infantaria (1939-1943)
1ª Companhia do 2º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria (1943-1945)
2º Batalhão de Carros de Combate Leve (1945- 1947)
2º Batalhão de Engenharia De Combate (1947 até a presente data)
Missões
1. Multiplicar o poder de combate da 2ª Divisão de Exército, assegurando mobilidade, contramobilidade e proteção às suas peças de manobra;
2. Prestar apoio suplementar de engenharia à 11ª Cia E Cmb L e à 12ª Cia E Cmb L(Armv);
3. Garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem em sua área de responsabilidade ou em outra que lhe for designado, conforme determinação do Escalão Superior;
4. Participar de ações subsidiárias, conforme determinação do Escalão Superior; e
5. Participar de operações internacionais, conforme determinação do Escalão Superior.